quarta-feira, agosto 09, 2006

O porquê da nova sondagem


Someday - and that day may never come - I'll call upon you to do a service for me. But until that day, accept this justice as gift on my daughter's wedding day.

Porquê? Por associação de ideias entre o meu filme de gangsters preferido e o meu local de férias deste ano, de que dei pistas aqui há tempos (espero não ser preciso alguma alma caridosa vir a pagar o meu resgate...).

Boas férias! Bons filmes! Até Setembro!

Nova sondagem: qual o melhor filme de gangsters de todos?

Acabada mais uma sondagem ...

À pergunta "prefere ver cinema em 8mm, 16mm, 35mm, 70mm, 3D ou digital?", 4 milhões de visitantes deste blogue disseram "todos", outros 4, "70mm" e 3 milhões, "35mm". Uma sondagem fraquíssima, portanto. Por isso, vamos a outra, já!

terça-feira, agosto 08, 2006

«Le secret de la licorne» e «Le trésor de Rackham le rouge» ao vivo


Há um ano exacto, travei conhecimento com o verdadeiro Castelo de Moulinsart e trouxe da sua venda dois álbuns do Tintin catitas. Enquanto isso, andorinhas faziam vôos rasantes, e o sol estava tapado por espessa humidade, como por cá, neste exacto momento.

There are few things more fundamentally encouraging and stimulating than seeing someone else die («Paths of Glory», Kubrick, 1957)

A contagem decrescente para as férias continua. Enquanto israelitas e Hezbollah se entretêm. E enquanto os fogos matam árvores e há árvores que matam homens.

A Família Partridge está de volta à RTP!


A notícia, explosiva, foi-me dada pela minha amiga MJP: a série que me fazia correr do recreio da Primária em direcção a casa começa a ser exibida na RTP Memória, todos os Sábados, às 19h. Desde finais de 60 que só tenho boas recordações daquela família de que conservo este disco da casinha (mas em 45 rotações), e que é venerado lá em casa no meio do pó da minha estante mais afastada. «I Think I Love You» e «Breaking Up Is Hard To Do» são os meus mais-que-tudo. Obrigado RTP! Agora só faltam «Os Pequenos Vagabundos».

Ai Turturro, que coisa tão maluca!

Ao fim dos primeiros minutos, a sensação que se tem é que este «Romance & Cigarros» resultou de um encontro de amigos extravagantes: os manos Coen, a família Turturro, a família Soprano e mais uma inglesa excêntrica que dá pelo nome de Kate Winslet. Sarandon e Walken (excelente, como sempre) terão aderido por razões que a razão, à partida, desconhece. O filme cheira a brincadeira de mau gosto a filme de Jarmush, e chega a ser patético ver uns quantos actores de nomeada a fazerem figura de palhaço. Contudo, e à medida que a paródia avança, o espectador vai ganhando simpatia por aquela resma de falhados (de todas as espécies e feitios) e cedo se dá conta que Turturro merece uma nota de apreço por ter conseguido meter tudo no mesmo saco, acabando por conseguir que o filme resulte numa agradável comédia melodramática, se assim se pode dizer. Um filme desconcertante, mas deveras curioso.

segunda-feira, agosto 07, 2006

One chop to a guy's neck, and it's all over



Nestes últimos três dias há que preparar as coisas, e o cabelo está na ordem do dia. Mas depois da última experiência está fora de questão eu ir ao Eduardo Mãos-de-Tesoura da Cç.Combro. Regresso, pois, aos velhos da «Campos».

Em «Miami Vice» não há flamingos rosa no genérico, nem há teclado electrónico de Jan Hammer

Muito menos há os fatos Armani de Don Johnson, nem a máscara de Edward James Olmos, na pele do capitão. Perdeu-se também aquele ar kitsch de cores esborrateadas, e muito do panache que fez com que a série de Mann servisse de veículo de promoção a uma Miami então muito esterotipada. Mas se se perdeu muito, também muito se ganhou: acção e ambiente de filme negro, personagens menos para adolescente ver, as balas saem e entram com maior violência.

Michael Mann tem vinte anos a mais, e muitos sucessos acumulados ao seu c.v. No resto tudo igual: polícias mesclados com ladrões, acção e mais acção, perseguições em automóvel, barco e avião; sexo q.b., uma banda sonora "mundo mix"; som e cor para dar e vender. Tudo quase sempre pela calada da noite. Ah, e uma Gong Li tão omnipresente, que até se lhe perdoa o não saber patavina de castelhano, e ter trocado de vestido por três vezes na mesma sequência, a da primeira ida a Havana, fugindo de barco com Farrell!

Por sinal uma das duas sequências (a outra é a da batalha final, nas docas, impregnada de «Heat») de antologia deste belo fime de Michael Mann; esse que é um cineasta obrigatório, mesmo que muitos dos que hoje o aplaudem terem sido quem mais o criticou por alturas da série homónima, há 20 anos ... coisas, que Clint Eastwood tão bem conhece.

sexta-feira, agosto 04, 2006

A propósito da morte da diva das sopranos,


a alemã Elisabeth Schwarzkopf (1915-2005), aqui fica um still de uma das maiores homenagens, senão a melhor, que o cinema alguma vez fez à ópera. Não é um filme alemão, muito menos americano, mas sim italiano: «Senso». Visconti realizou-o em 1954, e Alida Valli está mais esplendorosa que nunca.

A 5 dias de férias, a 32 do regresso!

"We're leaving together
But still it's farewell
And maybe we'll come back
To earth, who can tell?

I guess there is no one to blame
We're leaving ground
Will things ever be the same again?
It's the final countdown...

We're heading for
Venus and still we stand tall
Cause maybe they've seen us and welcome us all
With so many light years to go and things to be found

I'm sure that we'll all miss her soIt's the final countdown...
The final countdown...
It's the final countdown
."

(«The Final Countdow», Europe, 1986)

An invisible man can rule the world. No one will see him come, no one will see him go.


Dentro de uma carruagem sufocante, três broncos (dois machos e uma fêmea) olhavam para mim com ar deles próprios, de auriculares nos respectivos, descarregando alto sound bites de música de rave. Dava tudo por ser naquele instante o insuperável Claude Rains, poder desaparecer dos seus campos de visão, e desatar a desancá-los a todos que nem um furacão. Mas James Whale já morreu há muito, e só ele foi capaz de colocar na tela todo o esplendor visionário do texto de Wells. Portanto, só me restou fechar os olhos, controlar os ouvidos e aguentar ... cinco estações.

Ainda, e sempre, a guerra!

"Chuva de 'rockets' responde a ataque israelita em Baalbek", lê-se hoje no DN. Saberão todos os intervenientes o misticismo do sítio? Que diria Júpiter disto?

quinta-feira, agosto 03, 2006

Miami Vice está de regresso!


Entre 1984-1989 foi assim. E agora? Sem Don, mas com Colin, sem Olmos, mas com a Gong Li, e sem a música de Jan Hammer?

Stay(ing) Alive #2

Este é um daqueles filmes que devia ir imediatamente para o arquivo morto, mal chegasse à sala de pré-visionamento dos estúdios. Trata-se do pior filme de terror chegado às nossas salas em muitos meses, senão anos. É um filme estúpido, mal feito, mal interpretado e que não passa de um divertimento imbecil para maníacos de jogos de computador. Qualquer menção de semelhança com ou alusão ao nome de Erzsébet Bathóry, devia ser punida com estripamento e amputação imediatas, ou, no mínimo, com processo-crime por plágio e violação dos direitos da autora.

A hipocrisia da guerra

"Durante a batalha do Somme. Portão do parque de uma mansão. Passa uma companhia marchando para as trincheiras da primeira linha, rostos marcados pelo pressentimento da morte.

O Príncipe Herdeiro (ao portão, com equipamento de ténis, acena-lhes com uma raquete): Força, rapazes!
"

(«Os Últimos Dias da Humanidade», Terceiro Acto, Cena 23, de Karl Kraus)

Staying Alive #1

You assholes almost broke my pussy finger!



"Well, you can tell by the way I use my walk,
I'm a woman's man, no time to talk.
Music loud and women warm.
I've been kicked around since I was born.
And now it's all right, it's O.K.
And you may look the other way.
We can try to understand
The New York Times' effect on man.
Whether you're a brother
Or whether you're a mother,
You're stayin' alive, stayin' alive.
Feel the city breakin'
And ev'rybody shakin'
And we're stayin' alive, stayin' alive.
Ah, ha, ha, ha,
Stayin' alive.
Stayin' alive.
Ah, ha, ha, ha,
Stayin' alive.
Well now, I get low and I get high
And if I can't get either I really try.
Got the wings of heaven on my shoes
I'm a dancin' man and I just can't lose.
You know it's all right, it's O.K.
I'll live to see another day.
We can try to understand
The New York Times' effect on man.
Whether you're a brother
Or whether you're a mother,
You're stayin' alive, stayin' alive.
Feel the city breakin'
And ev'rybody shakin'
And we're stayin' alive, stayin' alive.
Ah, ha, ha, ha,
Stayin' alive.
Stayin' alive.
Ah, ha, ha, ha,
Stayin' alive.
Life goin' nowhere.
Somebody help me.
Somebody help me, yeah.
Life goin' nowhere.
Somebody help me, yeah.
Stayin' alive
Well, you can tell by the way I use my walk,
I'm a woman's man, no time to talk.
Music loud and women warm.
I've been kicked around since I was born.
And now it's all right, it's O.K.
And you may look the other way.
We can try to understand
The New York Times' effect on man.
Whether you're a brother
Or whether you're a mother,
You're stayin' alive, stayin' alive.
Feel the city breakin'
And ev'rybody shakin'
And we're stayin' alive, stayin' alive.
Ah, ha, ha, ha,
Stayin' alive.
Stayin' alive.
Ah, ha, ha, ha,
Stayin' alive.
Life goin' nowhere.
Somebody help me.
Somebody help me, yeah.
Life goin' nowhere.
Somebody help me, yeah.
Stayin' alive
Life goin' nowhere.
Somebody help me.
Somebody help me, yeah.
Life goin' nowhere.
Somebody help me, yeah.
Stayin' alive
"

(Bee Gees, 1977)

quarta-feira, agosto 02, 2006

Lei das compensações?

No semáforo encarnado, um Porsche 911 Targa, já com alguns anitos, estava parado, roncando naquele seu trabalhar único: ao volante e no lugar do morto, um casal de velhotes, bem velhotes (recuso-me a tratá-los por idosos). Na pior estação de metro do mundo, um velhote escarrava com toda a violência para o carril mais próximo: "ganda porco", vociferou alto uma mulher nova, que estava sentada num banco do cais, atolhada de sacos de compras.

Odisseias no espaço


Na tela, o supra-sumo é de Kubrick, em 1968, e o resto é paisagem.

No vinil, é de Bowie, um ano depois, e o resto é treta.

"Ground control to major tom
Ground control to major tom
Take your protein pills and put your helmet on

Ground control to major tom
Commencing countdown, engines on
Check ignition and may gods love be with you

Ten, nine, eight, seven, six, five,
Four, three, two, one, liftoff

This is ground control to major tom
Youve really made the grade
And the papers want to know whose shirts you wear
Now its time to leave the capsule if you dare

This is major tom to ground control
Im stepping through the door
And Im floating in a most peculiar way
And the stars look very different today

For here
Am I sitting in a tin can
Far above the world
Planet earth is blue
And theres nothing I can do

Though Im past one hundred thousand miles
Im feeling very still
And I think my spaceship knows which way to go
Tell me wife I love her very much she knows

Ground control to major tom
Your circuits dead, theres something wrong
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you hear me, major tom?
Can you....

Here am I floating round my tin can
Far above the moon
Planet earth is blue
And theres nothing I can do
."

("Space Oddity")

terça-feira, agosto 01, 2006

Porquê Agosto?

Primeiro, porque é o meu mês, mesmo que todos me digam que é o mês do bimbo. Segundo, porque é o único mês do nosso calendário que repete o número de dias daquele que o precede: Julho tem 31, Agosto tem 31. Otávio César Augusto assim o quis, para não ficar atrás de César. E fez bem!

Danças paralelas


Ontem, enquanto que, na TV, Ava Gardner dançava e desconcertava aos olhos de Bogart, Brazzi, Edmond O'Brien e Marius Goring, sob a batuta de Mankiewicz; a guerra continuava por terras da Paris do Médio Oriente.

Guloseimas proibidas em Agosto:

Pierre Marcolini, Godiva, Neuhaus, Leonidas (olvido propositadamente os primos de Alba). Porquê? Para dar espaço ao que aí vem ...

Regressando ao mudo


Já repararam no quanto o fabuloso cinema de Tim Burton tem do fantástico Ladislaw Starewicz? Imenso, certo?