terça-feira, março 31, 2009

Vive le cinéma (31)


«Belle de Jour» (1967)

Etiquetas:


Ali MacGraw

Etiquetas:

«Questa sera si recita a soggetto», que é como quem diz Esta Noite Improvisa-se.


Sou fã de Pirandello, seja lá o que isso for. Leio-o sempre que posso, e vejo e ouço o seu teatro sempre que a bolsa e os intérpretes (sobretudo se apenas 'seis') o permitem. A última vez no D. Maria II tinha sido em 1998, por causa de uma encenação de Luca Ronconi. Assombrosa e quase fantasmagórica. Memorável.

Por isso, aqui fica o meu obrigado aos Artistas Unidos, pela bela, divertida e interactiva encenação da peça que dá título a este pobre post. Encenação de Silva Melo, que prova por A+B (como se isso estivesse em causa) que está erradíssimo quem diz só saber ele encenar peças com poucos actores em cena.

Fizeram (fizemos) todos de conta que estávamos todos no Piccolo Teatro di Milano.

segunda-feira, março 30, 2009

Filmes em revista sumária # 139


«Killshot» é um filme que surpreende de 15’ em 15’, na tentativa, parcialmente falhada, de querer ir mais além do simples filme policial a viver às custas do regresso ao estrelato de Rourke (desta vez maquilhado), ou da beleza cansada de Diane Lane [até porque é a Joseph Gordon-Levitt (lembram-se dele no «Terceiro Calhau …»?) que cabe a melhor performance] e a alguma brutalidade estonteante, «à la» Walter Hill.

Na verdade, John Madden é capaz de muito mais do que este «Killshot», que tem uma excelente fotografia e umas quantas sequências magníficas (ex. o plano final, as estapafúrdias fúrias de Gordon-Levitt, a perseguição ao índio no canavial); a acompanhar um interessante enredo (digno daqueles livros de antigamente), mas que cai de tempos a tempos numa fastidiosa previsibilidade, quiçá vítima de algumas falhas no enredo da coisa.

Vive le cinéma (30)

I want everyone under my command to be drunker than a fiddler's bitch by nightfall


Depois, hoje, logo pela manhã, Heston, perdão, o Major Dundee comandava as suas tropas numa correria anti-apache, mesclada aqui e ali por incursões e confrontos no México.

Peckinpah em dose dupla




Primeiro foi no Sábado à noite, o memorável policial à boa maneira dos anos 70, «The Getaway», um policial de truz, com uma saudosa dupla, que fez faísca no écran e na vida real.

O "charme" da Baixa


Era bom era que nesta gelataria de antanho evitassem colocar na mesma couvette sabores diferentes (!), honrando assim o nome de Luca Giovanni, e pugnando pela mais elementar regra de uma oferta de qualidade.

E na mais antiga pastelaria do Chiado ainda em actividade, a Benard', os seus funcionários não andassem a fumar dentro das instalações. É ilegal, anti-higiénico, feio, e faz mal.

Etiquetas:

A verdade desportiva

sexta-feira, março 27, 2009

Has anybody seen Sam Lowry?




Eu vi-o, sim, estava a sonhar. Ou terá sido o contrário?

quinta-feira, março 26, 2009

Vive le cinéma (29)



«Le professionel» (1981)

Etiquetas:

Filmes em revista sumária # 138




Paul Schrader está de volta e com ele o seu comprovado bom gosto, visualmente falando. Nesse aspecto, «Adam Resurrected» não foge à regra, sendo que desta vez parece ser a sublimação do décor e da artificialidade, o que se revela um contra-senso na medida em que este filme é talvez o que de todos os da autoria de Schrader tenha uma maior base e conforto literários. O filme é de facto muito bonito, altamente alegórico, e tem uma interpretação espantosa de Jeff Goldblum, num palhaço judeu que para se salvar a si e aos seus se deixa transformar no pet do comandante de um campo de concentração, perseguindo-se a si próprio desde então, num misto de consciência pesada e complexo pavloviano, sofrendo na carne os seus pecados, de que só se redime quando a providência lhe propicia um ‘filho’.

Os períodos a preto e branco, com ligeiros movimentos de câmara e um também espantoso Dafoe, são de longe muitíssimos melhores do que a rotina psiquiátrica, e cheia de clichés, da clínica/centro de investigação/campo de concentração do deserto israelita.

terça-feira, março 24, 2009

Sábado passado, na Cinemateca Júnior



Uma delícia de filme. E que Lewis Carroll teria gostado.

Mélodie d'amour chante le coeur d'Emmanuelle




A melhor promoção turística das Seychelles. Cadeira de espaldar, em palhinha, incluída.

segunda-feira, março 23, 2009

You have broken what could not be broken! Hope...is broken.




O último grande, gigante, no Monumental, antes de Abecassis o escavacar. Sem perdão, a canalha.

domingo, março 22, 2009

Vem aí o almoço, ao som de Nyman


Escolha apropriada


Ontem, à exacta hora em que uma esganiçada SIC promovia um pseudo-derby entre Sporting e Benfica (a ordem para sim será sempre esta, peço perdão), que mais parecia um daqueles clássicos entre solteiros e casados; a RTP Memória prestava serviço público e exibia «Freud», de 1962, feito por Huston, um daqueles que não sabia fazer filmes mal feitos.

sábado, março 21, 2009

Vive le cinéma (28)

Há pouco, pit of peril:



quinta-feira, março 19, 2009

Vive le cinéma (27)

Filmes em revista sumária # 137


É de facto notável como Eastwood se conseguiu impor a todos quantos o vilipendiavam, nem há 20 anos, protagonizando e filmando agora da mesmíssima maneira que o fazia nos idos de 70. Um grande senhor que se recusa a ceder. Hoje é um tremendo e justíssimo ícone. Que a gerência deste blogue agradece sobremaneira.

Wally, perdão, o Walt de «Grand Torino» é exactamente o mesmo protagonista, de poucas falas, fácies esculpido a talho de foice e presença intimidante que caracterizaram tantos dos seus filmes enquanto cowboy justiceiro sem nome, por exemplo, ajudando populações e mulheres violadas por vilões cobardes, muito na linha de «Shane», claro, que serviu de escola a todos que lhe sucederam.

O fabuloso Ford que dá nome a este mais recente e também fabuloso filme de Eastwood, funciona aqui algures entre um macguffin sem nexo que não o aparente, e metáfora para a razão de ser do filme: a redenção de uma personagem consigo mesmo.

O filme é belíssimo, rodado naquele modo calmo de Eastwood, lembrando muito o também belíssimo e sentimentalão «Honkytonk Man» (de 1982 e a revisitar de imediato!) e tem momentos de auto-paródia inolvidáveis por todos os outros de uma nostalgia masoquista que só muito poucos conseguem filmar. Contudo, aquele final de assombro sofrendo na pele o que costumava fazer sofrer nos filmes de antanho, só pode surpreender o espectador mais incauto, pois era o único desenlace possível. Ainda por cima temos direito a Eastwood cantando no final, quando o Ford arranca rumo a um mundo novo. Para aplaudir de pé!

A few time ago (3)



Dadas as hesitações frente a 39 Degraus, no Criterion, e dadas as lotações esgotadas de Oliver, não tanto pelo imponente Drury Lane, mas por culpa de Mr. Bean travestido de Faggin, fomos parar a uma peça à la Conan Doyle em cena há 19 anos (em Londres é quase sempre assim), no velhinho, intimista e decadentemente belo, Fortune.






Fotos 2 e 3

quarta-feira, março 18, 2009

Infelizmente, o pior aconteceu a Natasha

Muita pena, muita pena.

Força, Natasha Richardson!

terça-feira, março 17, 2009

Vive le cinéma (26)


«Pépé le Moko» (1937)

Etiquetas:

A few time ago (2)


Nunca o perto foi tão longe. O comboio passava entre St.Albans e Harpenden e Childwickbury Manor, a mansão do meu ídolo cinematográfico nº 1 ali a poucas centenas de metros, chamando por mim. Não dava tempo para parar e ficou para a próxima. Ele tem todo o tempo do mundo, bem sei. Mas também sei que pequei, sim.

segunda-feira, março 16, 2009

A few time ago (1)


Ignorante como sou, fiquei boquiaberto ao ver que afinal há uma Ofélia pictórica superior à de Jean Simmons no imortal filme de Olivier. O embate com o quadro de Millais foi na Tate, a custo zero, ainda por cima.

sexta-feira, março 13, 2009

Vive le cinéma (25)

Grafonola ideal (42)



«Kick» (1987)

Etiquetas:

quinta-feira, março 12, 2009

quarta-feira, março 11, 2009

Vive le cinéma (24)



«Traffic» (1971)

Etiquetas:

terça-feira, março 10, 2009

No tempo dos pioneiros


Que é como quem diz, do Mudo.


Fonte: Mão amiga.

segunda-feira, março 09, 2009

Sábado passado, a RTP2 esmerou-se:


It had been a wonderful evening and what I needed now, to give it the perfect ending, was a little of the Ludwig Van


Look Dave, I can see you're really upset about this. I honestly think you ought to sit down calmly, take a stress pill, and think things over.

Donde, por mais reprise que possa haver, não há explicação possível para preferir isto.

Grafonola ideal (41)

domingo, março 08, 2009

sábado, março 07, 2009

Enquanto isso, Vivaldi deu a vez a Albinoni

Que foi como quem diz:



Aparentemente sem nada em comum



isto. Degladiando-se, desde continentes e por motivações diferentes.

sexta-feira, março 06, 2009

Vive le cinéma (23)

quinta-feira, março 05, 2009

Águas de Março



quarta-feira, março 04, 2009

A poucos dias de entrar no «Círculo de Bloomsbury»

Vive le cinéma (22)

Bring the dog, I love animals... I'm a great cook


«Fatal Attraction» (1987)

Ora aí está um filme que não via há muito tempo. Aquela Glenn Close ainda inferniza um pouco, mas o filme cheira a datado por todo o lado.

segunda-feira, março 02, 2009

Às custas da Lorimar e à conta de J.R.




A verdade é que a saga da família Ewing continua imbatível no mundo das séries televisivas.

Billy, a solução final da Ikea




Para as centenas e centenas de livros antes comprimidas na homóloga da Olaio (demolida por mim com imensas ganas, diga-se). E à falta de verba para uma à mansão inglesa, shame on me.

domingo, março 01, 2009

Vive le cinéma (21)



«L'Inhumaine» (1924)

Etiquetas:


Elke Sommer

Etiquetas: