sábado, maio 29, 2010

Obituário: Dennis Hopper (1936-2010)


Mais um gigante que se vai, menos um vivo da minha galeria de ídolos da tela, por muito, mas sobretudo por «Blue Velvet». É toda uma instituição que se desmorona.

quinta-feira, maio 27, 2010

There is no such thing as love, only passion! No luck, only the will to gain power!

segunda-feira, maio 24, 2010

Já não há cinemas assim (2)


Castro Theatre
San Francisco, California
Opened: June 22, 1922
Architect: Timothy L. Pflueger
Capacity: 1875
Organ: Robert-Morton 2/11 (1922-62): Wurlitzer 4/21 (1979-present)



Fonte: Theatre Historical Society of America

Bénard desapareceu fez um ano anteontem

E a RTP 2 homenageou-o:


«North by Northwest»


Eve Kendall: It's going to be a long night.
Roger Thornhill: True.
Eve Kendall: And I don't particularly like the book I've started.
Roger Thornhill: Ah.
Eve Kendall: You know what I mean?
Roger Thornhill: Ah, let me think. Yes, I know exactly what you mean.



«Johnny Guitar»


Dancin' Kid: I didn't get your name stranger.
Johnny: Guitar. Johnny Guitar.
Dancin' Kid: You call that a name?
Johnny: Care to try and change it?

Foi inesquecível


De facto foi. Valeu bem a espera ao frio e ao vento, mesmo que depois houvesse alguns "portoghesi" aproveitando a confusão dos lugares reservados por preencher na Capela do Santíssimo. O concerto foi, repito, inesquecível, por culpa dos órgãos, das partituras (especialmente a última), dos organistas, do coro (parabéns aos amigos do Lx Cantat), do Barclays e, sobretudo, de Dinarte Machado, o organeiro, que não cabia em si de contente. Inesquecível foi também o percorrer uma fabulosa basílica raramente iluminada como o esteve ontem.

quinta-feira, maio 20, 2010

Muss! Will nicht! Muss!



«M»

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Filmes em revista sumária # 205


Depois da reconfortante lufada de ar fresco de «A Lula e a Baleia» era difícil ao recém-chegado ao estrelato Noah Baumbach garantir o mesmo padrão de qualidade nas obras que se lhe seguiram, e é exactamente o que sucede com «Greenberg»: um filme desenxabido, que se arrasta penosamente, entre situações “déjà vu” e personagens perdidas entre não se sabe muito bem onde e porquê e a depressão tonta, a que nem uma Greta Gerwig em estado de graça e de carreira garantida consegue valer. No cômputo geral, uma desilusão. Motivo para Noah entrar em depressão? Não. Venha o seguinte.

terça-feira, maio 18, 2010

Já não há cinemas assim (1)



«New York Movie» (Edward Hopper, 1939)

Nem entre posters há comparação possível



Almighty God... what power is at play here?



«Spione»

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segunda-feira, maio 17, 2010



«Secret Beyond the Door»

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sexta-feira, maio 14, 2010

Filmes em revista sumária # 204


Este pequeno grande filme, uma comédia de enganos denominada «City Island», paródia às tragicomédias italianas, é a prova, provada, de como é possível surpreender com baixo orçamento, sem recorrer a pirotecnia e a estrelas. Andy Garcia lidera um elenco uno e irresistível, numa história de segredos inconfessos, em cujo epicentro se encontra uma família em equilíbrio de fio-de-navalha. A acção decorre quase sempre numa ilha de Bronx, e os diálogos e as situações que vão ocorrendo são de facto irresistíveis, colando-se ao espectador e remetendo-o para os velhos tempos do cinema norte-americano de comédia. Uma pequena pérola no marasmo reinante.

Filmes em revista sumária # 203


Esqueçam tudo quanto viram, leram ou ouviram sobre Robin Hood. Ridley Scott mandou às urtigas os collants verdes à moda do condado de Lincoln, os duelos galantes de espadachins e até o episódio, clássico da banda desenhada, do encontro entre o herói de serviço e Frei Tuck, no cimo do tronco sobre o riacho e que o cinema imortalizou. O autor de «Blade Runner» continua perdido no seu cinema musculado à blockbuster e fez da lenda mais conhecida da floresta de Nottingham um «Robin Hood» boçal e brutal, gladiador.

Enquanto filme histórico está pejado de erros e omissões. Enquanto repositório da lenda de Robin e/ou da “memória descritiva” das narrativas do medievo até ao século XX (poemas, romances de capa e espada, banda desenhada e filmes) faz uma tal salganhada para ser “original”, que nem vale a pena falar. Enquanto filme de acção até se vê bastante bem, em especial as sequências da batalha aquando do suposto desembarque dos franceses, e da tomada do castelo em que um balofo Ricardo Coração-de-Leão morre com uma seta no pescoço (duplo erro histórico).

O melhor do filme é mesmo a “morena” Cate Blanchett (sempre!) e o genérico final, imprescindível. Quanto a Robin Hood, Little John, etc., esses, cinematograficamente falando, só se encontram numa de duas hipóteses: no mudo, no filme com Fairbanks; no sonoro, no filme com Errol Flynn, o resto é nada.

quinta-feira, maio 13, 2010

We have created amazing machines ... and used them to destroy our fellow men.


«Metropolis»

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segunda-feira, maio 10, 2010

Hipnotizado por Akhenaton (5)


Dei por mim no escritório de Sam Spade, confundido entre o "je ne sais quoi" de Mary Astor e o subreptício engodo de Joel Cairo (Peter Lorre) sobre um tal de «Maltese Falcon». Será este falcão o da intriga que o legado de Huston nos permite revisitar sempre que queremos, ou o Hórus com que o "Sr. Cinco por Cento" se fez esculpir para a posteridade, ali para os lados da Palhavã? Tem a palavra Bogart, aqui introduzido por Sidney Greenstreet.


quinta-feira, maio 06, 2010

Filmes em revista sumária # 202


Há 40 anos os filmes de liceu e de liceais alinhavam quase todos pela mesma bitola, i.e., a “luta de classes”, com estudantes marchando contra professores tiranos, produto de uma sociedade asfixiante, família, governo, etc. e tal, de que é paradigma a clássica abordagem de Lindsay Anderson, em que «If» é o expoente máximo.

Os anos passam e o que é moda agora - chorrilhos de palavrões, drogas e sexo gratuitos à parte - já não é tanto mais novos contra mais velhos, estudiosos contra repetentes, mas os aprendizes de feiticeiros, ou seja, os estudantes que mal se acham em cargos de chefia, nem que seja de chefe de claque, ou “presidente do liceu” como no caso vertente, desatam a enveredar pelos maus caminhos, actualmente tão “sofisticados” quanto a produção e tráfico de estupefacientes.

À parte os variadíssimos “clichés” do género, já vulgares de Lineu para qualquer cinéfilo q.b., «Assassination of a High School President» está bem feito, a um ritmo por vezes alucinante e tem algumas cenas muito bem feitas, quase sempre bem acompanhadas por uma excelente banda sonora. No cômputo geral, trata-se de um filme simpático, talvez sobrevalorizado (até porque a produtora faliu), pouco indie e demasiado trendy.

quarta-feira, maio 05, 2010

Filmes em revista sumária # 201


«Away We Go» é um dos melhores filmes de Sam Mendes até à data. Um filme simples e despretensioso, construído em formato de folhetim e com uns diálogos imperdíveis, sempre no tom certo, relatando uma bela história de amor, por demais real, e um hino à família e ao lar, doce lar, o que nos tempos que correm é notável e corajoso, até. Um verdadeiro achado é a inegável química do par protagonista, i.e., dos promissores John Krasinski (já de si notável tinha sido a prestação dele no medíocre «It’s Complicated», com Meryl Streep e Alec Baldwin) e Maya Rudolph.

segunda-feira, maio 03, 2010

Hipnotizado por Akhenaton (4)


À tripulação daquele vôo da Egyptair entre o Cairo e Assuão vi-a de repente sob os comandos de Jimmy Stewart, que é como quem diz; vi-me no desespero de Borgnine, Ian Bannen, Dan Duryea e demais fabuloso elenco de Aldrich quando o Phoenix se despenhou no deserto do Sahara e ali foram eles perecendo, um após outro, sem salvação aparente. De repente olhei pela janela e sosseguei: lá em baixo, uma fileira de faraós osirificados, especados, virados para mim.

Frisa reservada, S.F.F.



Incluída no seu Ciclo "História Permanente do Cinema” deste mês, eis que a Cinemateca me dá o duplo prazer de mirar Brigitte Helm em dois filmes por mim desconhecidos: «Abwege» (1928) e «L’Atlantide» (1932), ambos do gigante Pabst, respectivamente nos dias 15 e 17. A não perder, portanto.