domingo, outubro 31, 2010

Sessões extraordinárias #7


Até aí nunca tinha entrado na cave escura do Xenon, mas como tinha perdido a estreia do filme dos filmes de Carpenter, resolvi não perder esta reprise. Por causa dessa sessão vi-me espectador assíduo das outras 2ª exibições que por lá passaram durante os anos 80. Quanto ao «Halloween» de 1978, esse ficou logo no topo dos meus mais-que-tudo de terror, até porque ... you can't kill the boogie man!

Etiquetas:

Descobrindo Buzzati


Em mais uma edição cuidada da arrojada Cavalo-de-Ferro, deliciosa descoberta a de «O cão que viu Deus». Há 10 meses que estava em listino di attesa, il poverino.

Logo à noite, à Lambada



Chegaremos, no mínimo, até aqui.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Sessões extraordinárias #6


Lembro-me da estreia de «E.T.» como se fosse hoje: tive o Mundial só para mim. Não havia mais ninguém na plateia nem no balcão (sim ainda era uma sala única...). Pude chorar à vontade. Há pouco tempo revimo-lo juntos (choac) no São Jorge, acrescentado de algumas imagens aos 20 anos de idade e extirpado de algumas outras, lacrimejei alguma coisa. Continua eternamente mágico.

Etiquetas:

Esta noite, música urbano-depressiva (*):




(*) Termo ouvido ao amigo MP, por alturas do concerto de há anos no Coliseu, e a quem envio votos de continuação de melhoras agora que Staples voltou.

terça-feira, outubro 26, 2010

Sessões extraordinárias #5


«The Fall of the Romain Empire»


Imagino o que terá sido a sua estreia em Lisboa, com imitações de quadrigas e fulanos vestidos com loricas imitando os legionários romanos, promovendo o filme por entre os automóveis da Avenida da República. Quem presenciou não mais esqueceu. Mas eu também nunca mais esqueci a vez que o vi, teria uns 10 anos, naquele cinema de estadão chamado Monumental. Refi-lo mais tarde com as minhas miniaturas em plástico rígido. Um filme que me recuso a rever no pequeno écran, que é como quem diz nunca mais o verei, porque já nem o écran do São Jorge vale o que valia ...

Etiquetas:

segunda-feira, outubro 25, 2010

Forza, Ferrari!


Alonso leads the championship... . Isto com jeito vai lá!

I say what I mean, and I do what I say.


Foi bom rever «Heat» no aconchego do lar. Um policial soberbo, sob todos os pontos de vista (acção, actores, fotografia, música, etc.) corrido a pólvora seca e quase sem duplos. Mann no seu melhor.

domingo, outubro 24, 2010

Eu sei que é cedo ... (4)




E por aqui me fico na pedincha ao Pai Natal, que o sei muito atarefado em preparar a distribuição a todos os biliões de meninos que todos os anos lhe escrevem listinhas enormes. Por isso, deixou-o aqui com um pedido fácil de contemplar: arregimentar uma série de bichos e jaulas, tanques e outros acessórios para completar o meu zoo da Britains, que foi dizimado, não sei como nem quando, mas que foi uma asneira, foi.

sábado, outubro 23, 2010

Eu sei que é cedo ... (3)




Em toda e qualquer lista de Natal tem que constar um cantinho que alimente a minha paixão exacerbada pelos romanos da Elastolin. Assim, é favor ao velhinho mais querido da Lapónia (pode ser também o da Coca-Cola, que não faz mal) ter em conta que cá no pequeno bárbaro fazem falta o ariete e a torre-de-assalto, bem como o corneteiro, o trompeteiro, os porta-estandartes e, claro, o tocador de tambores.

sexta-feira, outubro 22, 2010

Sessões extraordinárias #4


«2001-A Space Odyssey»


Lembro-me da sala semi-lotada do Tivoli, junto a minha Avó, e o impacto de som e imagem daquele filme mágico naquela sala, hoje tristemente remetida a teatrinho de crianças. Lembro-me que as pessoas gostavam do que viam mas não percebiam, eu incluído. Só muitos anos depois o assimilei, processei e memorizei, penso que na sua plenitude. Pelo sim, pelo não, continuo a revê-lo sempre que posso e me deixam.

Eu sei que é cedo ... (2)



Tenho fé que o Pai Natal consiga saber como registar-se e licitar as fabulosas decalcomanias da Letraset Action Transfer disponíveis (nunca fui fã dos Kalkitos), já não na papelaria da Pastelaria Suprema dos idos de 60, mas aqui. Tenho saudades de abrir o desdobrável em cartão colorido, com cenas de batalhas e de mundos perdidos, e desatar a colar-lhes os bonecos desenhados com rigor e pormenor em lâminas transparentes, riscando-os com a parte de trás da concha da colher lá de casa.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Eu sei que é cedo ... (1)



Nunca terminei nenhuma caderneta, fosse do que fosse. Azar? Aversão a trocas? Esquecendo as inúmeras sobre animais, futebóis e Olímpicos, confesso que nem sequer as minhas mais-que-tudo "A 200 à hora" e "História de Portugal" fui capaz de completar. Mas tal como com as tuas da "Heidi", "Marco" e "Wickie", também tenho direito a que o Pai Natal não se esqueça de mim.

quarta-feira, outubro 20, 2010

Sessões extraordinárias #3


«Jaws»


Talvez a melhor e mais inesquecível sessão que alguma vez vi, e na companhia de minha Avó materna, ferverosa cinéfila: o fabuloso Eden repleto, cheio à cunha, depois de bicha imensa para comprar os bilhetes nas bilheteiras por baixo das escadarias (o que resta hoje do interior da obra máxima de Cassiano), e em que se ouvia e sentia a pessoas a saltarem da cadeira sempre que Spielberg dava um ar da sua graça. Foram semanas de glória no Eden, essas.

Etiquetas:

Colados para sempre #22

Sessões extraordinárias #2


«Dumbo»


Vi-o desde o topo do topo do 2ª balcão do Condes, juntamente com minha Mãe, tia e prima, em lotação esgotada. Saudoso cinema, e que tinha, talvez a par do do Odéon, o pé-direito mais alto de todos, e uma cortina que subia ao som da música da Castello-Lopes que fica resgistada como a mãe de todas as cortinas de palco.

Etiquetas:

terça-feira, outubro 19, 2010

Colados para sempre #21

Sessões extraordinárias #1


«The Bridge on the River Kwai»


Em reprise com meu Pai, num São Jorge de sala única, há muitos, muitos anos.

Etiquetas:

segunda-feira, outubro 18, 2010

Filmes em revista sumária # 230


A páginas tantas, dei por mim a pensar que estava a ver um filme de Frankenheimer ou Michael Mann, mas não estava, pois era «The Town» que estava a passar no écran, o novo filme dirigido por Ben Affleck, apostado na hora certa em acumular funções para além de actor (na maior parte das vezes em filmes menores e sem arte ou engenho suficientes para participar noutro tipo de filmes) naquele que pode muito bem vir a ser um passo decisivo para a sua afirmação enquanto realizador de referência. É uma questão de esperar e ver.

Sobre o filme propriamente dito, é um clássico filme de polícias e ladrões, da subcategoria “assalto a bancos”, tão em voga nos saudosos anos 70 (finais de 60). Pelo meio há referências a outro tipo de assaltos clássicos da 7ª Arte, a começar pelo kubrickiano «The Killing», por ex. Affleck não se faz tímido e resolve dar-nos algumas cenas de arromba, ao melhor estilo de «Heat», com trocas de tiros a metralhadora e câmara (e não “câmera”, como erroneamente insiste em escrever a gerência do UCI Corte Inglês) ao ombro, numa profusão de imagens e sons digna de registo nos melhores filmes de acção do género.

Affleck revela-se ainda um excelente director de tensões e actores, basta ver três das cenas mais intimistas do filme, começando pelo encontro a três na esplanada, em que a tatuagem no pescoço está prestes a ser descoberta por Rebecca Hall, ou aquelas entre Affleck e o pai, na cadeia, e entre a ex-namorada de Affleck e o agente F.B.I. (Jon Hamm é até quem está melhor neste filme), ao balcão do bar, talvez o melhor diálogo de todo o filme. A recuperação do “homem que mexe os cordelinhos desde uma loja florista” está muito bem apanhada, a fazer lembrar muitos filmes dos estúdios ingleses de antanho.

I'll change; I'll change. I've learned that I have the strength to change.


Ontem à noite, devia ser um quarto para a meia-noite, voltei a cruzar-me com Pacino em «The Godfather, Part II». Não o revia desde a sua passagem pelo Éden, aquando da sua estreia, em sessão inesquecível. Continua óptimo, tal qual o seu predecessor.

sábado, outubro 16, 2010

Senza cuore saremmo solo macchine

quinta-feira, outubro 14, 2010

Think thin


Receitava Gary Grant aos outros, em «North by Northwes» como forma de esquecer que se é gordo. Acrescento que é a melhor maneira de combater o martírio das camisas slim fit.

quarta-feira, outubro 13, 2010

Eu sei que é cedo ...






Mas fica aqui uma primeira listinha para o Pai Natal se ir preparando, desta feita com os conjuntos Corgi que me desapareceram sem muito saber como nem porquê.

segunda-feira, outubro 11, 2010

Filmes em revista sumária # 229


O que seria de «Hachiko» se este filme de 2009, em vez de americano, fosse japonês, à semelhança do praticamente desconhecido homónio de 1987? Bem diferente, quase de certeza, pois até apostaria que desapareceriam coisas como a pacata e simpática vila americana, feita de gente amiga e solícita (agruras, nem vê-las), em que até os Elementos são “amigos”; ou reduzir-se a uma espécie de telefilme Disney toda uma mensagem que a bela história verídica original transporta, e que enaltece, mais que tudo o resto, o carácter e a fibra dos cães de uma especialíssima raça chamada Akita.

Esperar mais de Lasse Hallström, era possível apenas para Hachi. Gere está bem porque não histriónico. Joan Allen está mais uma vez perfeita, mesmo que aparentemente injectada de botox nas maçãs do rosto, o que é pena. Mas a estrela, claro, essa é (foi) o cão de raça Akita, original, que esperou durante 9 anos que o seu dono chegasse à estação de comboios de Shibuya. Ideal para tardes de chuva.

domingo, outubro 10, 2010

E Ventura.


Saudade.

Django, claro.

E outro.

Everywhere I look, I can't recognize a thing


Outro dos teus favoritos. E meus, depois.

Com uma semana de atraso


Já foi há 11 anos. Saudades, imensas.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Filmes em revista sumária # 228


Esta é uma daquelas fitosas cuja explicação para o êxito de bilheteira pertence aos mistérios mais profundos da mente humana. O filme é inexistente enquanto tal, não tem fio condutor algum, e os dois excelentes actores que servem de atractivo à compra de bilhete, suponho que a troco de chorudo cachet, estão completamente perdidos por mais que queiramos vê-los de outro modo. Aliás, um título tão basicamente piroso quanto «Eat Pray Love» é o melhor atestado de “qualidade” que o filme podia ter. Melhor mesmo só os consultórios da «Maria» ou da «Capricho». Tudo dito.

Colditz - Les évadés de la forteresse d'Hitler


Espantoso documentário o re-exibido ontem no canal ARTE, sobre a fuga da fortaleza-prisão de Colditz. Fez-me reviver cenas de uma das minhas séries televisivas preferidas. A vila e a fortaleza, essas ficaram imediatamente reféns da minha lista de visitas obrigatórias, se um dia for para os lados de Dresden.

quarta-feira, outubro 06, 2010

Filmes em revista sumária # 227


«Daybreakers» poderia ser um excelente filme de terror mas não é, não sabendo os manos realizadores, Michael e Peter Spierig (a rever), como levar a bom porto o seu originalíssimo ponto de partida: um mundo em que os humanos são uma ínfima minoria da população andante pelo planeta Terra, subjugados pela maioria esmagadora, e exploradora, dos vampiros "normais"; leia-se, aqueles que se recusam a envenenar-se ou a tornar-se seres híbridos e terríficos, optando assim por só se alimentarem de sangue humano. O problema é a escassez do mesmo. Genial e actual, feita a devida extrapolação para os tempos que correm.

Contudo, rapidamente, passada que foi a alucinante e provocadora primeira meia-hora, o filme descamba num mau filme de Carpenter, com personagens de pacotilha, situações cómicas a contra-gosto, clichés por todo o lado, o que é pena. Resta o efeito visual, tão frio e cor de aço, quanto de palpitante escarlate, como é da praxe em art movies de ficção científica que se prezam como tal. Interessante.

Finalmente, encadernado a rigor


Em edição de 1956, da extinta e saudosa Portugália, de capa a desenho erótico, «O Amante de Lady Chaterley» está agora em meia-francesa a leopardo, com cantos a caramelo, lombada a ouro fino e rótulos a preto. Enfim, junto à restante secção de D.H.Lawrence.

terça-feira, outubro 05, 2010

Filmes em revista sumária # 226


O primeiro filme não era nada de especial mas tinha uma imagética quase gótica, o que aliado a uma música particularmente bem conseguida pelo ex-baterista dos Police e a um argumento, ainda que sendo oportunista era … oportuno, fez dele um marco dos anos 80.

Este «Wall Street: Money Never Sleeps» quer ser tudo isso novamente, mas esquece-se da máxima “tudo quanto é de mais, chateia”. O filme está claramente dividido ao meio, entre a parte em que está em cena Michael Douglas e aquela em que ele não está (há também um claro e incompreensível desaproveitamento de Shia LaBeouf). O final feliz é por demais dispensável. E está tudo dito.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Filmes em revista sumária # 225


«Tamara Drewe» é um simpático filme britânico, ligeiro e inofensivamente irónico, feito por um Stephen Frears ele próprio a procurar inspiração no “country side”, mas cujo resultado fica um pouco aquém do esperado, dado o historial do autor de «Ligações Perigosas». Para além dos ‘clichés’ habituais e do toque irresistível de «Crime, Disse Ela», fica um telefilme britânico e pouco mais.

domingo, outubro 03, 2010

Ontem, volvi a ser Gigante


Trinta e oito anos volvidos, eis-me de novo junto às paredes marcadas "A.M.S. 1909". Com o horizonte a meus pés. Talvez um dia, o demo derrotado, possa finalmente fazer algo por elas como sempre sonhei.

sexta-feira, outubro 01, 2010

Obituário: Tony Curtis (1925-2010)


Não se tratando de actor das minhas preferências, Tony Curtis foi de facto um marco no panorama cinematográfico dos anos 50 e 60. Filmes maiores? «The Boston Strangler» (1968), «Some Like It Hot» (1959) e «Trapeze» (1956). Mas, não sei porquê, guardo de «Houdini» o melhor de todos os papéis de Curtis. Coisas.