segunda-feira, outubro 29, 2012

Filmes em revista sumária #366


«007-Skyfall» representa o renascer do espião mais famoso do grande écran, que continuará a sê-lo seguramente e por ordem ou não de Sua Majestade. Aqui não há Connery nem poderia havê-lo, mas neste filme de Sam Mendes (e que bem que lhe coube a incumbência!) o mote é reinventar a partir do melhor que a saga nos deu até hoje, introspectivamente falando. Por isso se revisitam sequências, quase cena a cena, de vários episódios dos melhores dos bonds: a perseguição em acção desenfreada no comboio, de «From Russia with Love», a féerie do Extremo-Oriente, de «You Only Live Twice», a impossível luta subaquática, de «Thunderball», a ilha abandonada, o fabuloso Aston Martin, etc., etc. Que se lixem, pois, as estatísticas que dão Craig como o 007 que mais mata, mas menos seduz ou bebe. Os tempos são o que são («There's some men coming to kill us. We've got to kill them first».) e no fim do melhor Bond desde Connery, temos ainda direito à reinvenção de M., Q. e Miss Moneypenny e à promessa de que há muito para fazer… cá o esperamos, Mr. Bond!

Mais Pinter, é preciso!


Não tivemos o saudoso Robert Shaw,
nem Magee nem Friedkin da fabulosa versão filmada de 68.


Mas tivemos «Feliz Aniversário», Pinter e do bom,
pelos sempre bons dos AU: António Simão, Américo Silva, etc., etc. e Silva Melo!

quinta-feira, outubro 25, 2012

Filmes em revista sumária #365


«Galinha com Ameixas» é uma daquelas histórias de amor e de encantar, rodada como se fosse conto de animação; e menos não poderia ser tendo em conta a obra anterior da dupla de realizadores, Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi. Visualmente é um filme muito belo, em tons escuros e com muito esgar de sofrimento. As personagens têm o seu quê de trágico-cómicas e o ritmo e a imaginação com que nos chegam fazem-nos sentir, por vezes, “dentro” de um filme de Jean-Pierre Jeunet… malgré a Teerão onde se passa a acção (por sinal um estúdio em Berlim).Contudo, há qualquer coisa que sabe a pouco… e não serão as interpretações de Amalric e Maria de Medeiros, por sinal, antes talvez o “violino” ao não ser nenhum Stradivarius…

segunda-feira, outubro 22, 2012

Joyeux anniversaire!

A Deneuve.

sexta-feira, outubro 19, 2012

Filmes em revista sumária #364


Não é mundial de fundo mas parece e no fim não haverá pasteleira que aguente tanto ritmo alucinado e malabarismos vários, que a serem verdade seriam a prova por a+b da laracha de infância “mamã, sem dentes!”. Contudo, «Premium Rush» não deixa de ter a sua graça enquanto exercício original do clássico thriller à volta de determinada encomenda apetecível. Talvez porque atravessemos a moda das ciclovias, talvez por causa dos dois actores principais, sobretudo Michael Shannon(por ironia ele só anda de carro…); talvez porque David Koepp, enquanto realizador, seja realmente um nome a ter cada vez mais em linha de conta. Uma coisa é certa: não será pela ensurdecedora música, muito menos pela irritante sinalética GPS que, vai não vem, nos quer direccionar por entre um emaranhado de ruas, que a páginas tantas passam a ideia de que, em bibicleta, se vencem distâncias de quarteirões em Nova Iorque como se tratasse das nossas Avenidas Novas, por exemplo.

quinta-feira, outubro 18, 2012

I'll follow him around the Horn, and around the Norway maelstrom, and around perdition's flames before I give him up.


«Moby Dick»
No centésimo sexagésimo primeiro aniversário da obra imortal de Melville.

Obituário: Sylvia Kristel (1952-2012)

Kristel, a música de Lai, a cadeira de verga, as Seychelles.
«Emmanuelle», o marco do cinema erótico.

terça-feira, outubro 16, 2012

Os meus 50 filmes e os do Expresso


Lendo a lista aconselhada pelo semanário de referência, e descontando algumas evidências “geo-politicamente” correctas, dou por mim a encher um cabaz com alguns de Scott (R.), Spielberg, Scorsese, Scola, Carpenter, Coppola, De Palma, Chabrol, Polanksi, Pollack, Eastwood, Friedkin, Risi, Stiller, Dovjenko, Lewis (J.), Julian, Von Trier, Ozu, Pudovkin, Monicelli, Ozon, Korda (A.), Weir (P.), Berry; quase todos os de Rossen, Fellini, Frankenheimer, Riefenstahl, Truffaut, Rohmer, Whale, Bresson, Maddin, Melville, Aldrich, Wilder, Visconti, L’Herbier, Renoir, Niblo, Brown (C.), Huston, Leone, Pabst; Siegel, Siodmark, Ulmer, Almodóvar, Kazan, Olivier, Cocteau, Antonioni, Jewison, De Mille, Fleming, Schlesinger, Mizoguchi, Greenaway, Le Roy, Carné, Fuller, Boorman; e todos, mas todos mesmo, os de Kubrick, Welles, Murnau, Eisenstein, Cooper (M.), Lang, Lean, Bergman, Tarantino, Burton, Peckinpah, Kurosawa, Dreyer, Browning, Walsh, Lynch, Resnais, Capra, Ophuls, Seastrom, Michael Powell, Buñuel, Losey, Curtis, Sokurov, Hitchcock, Tati, Stroheim, Griffith, Lubitsch, Keaton, Mann (M.), Lumet, Vidor (K), Tourneur (J.), Chuck Jones, Avery, Fleischer (M.) e Disney. Já são 50 filmes? LOL.

segunda-feira, outubro 15, 2012

Filmes em revista sumária #363


Acção, muita acção. Pancadaria, muita pancadaria. A Liam Neeson já lhe pesam os pés mas mesmo assim vale a pena ir ver «Taken2», para quem gosta deste tipo de filmes, a versão Besson possível dos velhos filmes de Frankenheimer & Cia. Lda., aqui visitando a Turquia e revisitando uma malvada corja de vilões albaneses. Eu gosto. Mas que não se conte com muito mais, porque não existe. Taken3? Neeson jura que não.

Funny how secrets travel...

quarta-feira, outubro 10, 2012

Um regresso às aulas


Foi neste fim-de-semana.
À minha Primária.


A rubrica da praxe.
No que terá sido o meu quadro durante 4 anos.


Mesmo sem persianas, foram minhas.
As 1ªs salas do lado direito, em cima e em baixo.


Sob este alpendre vi passar muita chuva.
E fiz fila.


E que belo transferidor ainda ali estava.
Ele, os tijolos e os pobres armários de parede, ainda originais: pormenores belíssimos.


A destoarem por entre desmazelo, tinta solta, buracos, fios à mostra, muito desenhinho pintado e colado pelas paredes e afins tão do gosto da modernidade educativa reinante.
Céus, que saudades daquele P/B tão mais colorido!

E Bond girl só há uma ...

Ah, é verdade, Bond só há um ...

quinta-feira, outubro 04, 2012

Filmes em revista sumária #362


«Para Roma, com Amor» tem piada e diálogos à Woody Allen, sim senhor, mas, à semelhança das suas mais recentes incursões turísticas por Paris e Barcelona, usa e abusa da caricatura, da paródia e do… cliché, o que é pena. Mesmo o “piloto automático” do autor de «Match Point» (de longe o seu melhor filme em muitos anos…) já não é o que era e aquele filtro amarelo de cariz nostálgico, tipo Picasa, já cansa. Alison Pill (repetente) tem um papelão e o duche é de facto muito mais inspirador que o banho de imersão! Roma? È stato un piacere riverderLa.

quarta-feira, outubro 03, 2012

He was too romantic about Manhattan, as he was about everything else.


«Manhattan», no São Jorge.
É de longe a melhor recordação que tenho do cinema de Woody Allen.
Eu e a minha Avó, em 1979, naquela imensa e ainda sala única. Recordo-o hoje, dia 3 de Out.