Quando a concorrência é imperfeita
Dada a fortíssima concorrência recente que por aí anda, de filmes do mesmo género - melodrama familiar -, as probabilidades de sucesso de «Winter Passing» (que alguém de mau senso resolveu traduzir por «Estranhos em Casa») são, à partida, escassas. E nem mesmo Ed Harris compondo um escritor famoso que abdica de tudo e se entrega ao bourbon, para nele afogar as mágoas da morte trágica e recente de sua mulher, também ela escritora reputada; nem mesmo ele faz com que o filme ultrapasse a sensação de mediania e de aborrecimento ao fim dos primeiros 15m. Não fora essa concorrência e talvez a história da filha, actriz em busca de afirmação, que demanda em busca do pai distante e sofredor, que vive rodeado por dois aduladores, também eles perdidos (a personagem de Will Ferrell é um achado - talvez achado no facto do realizador, Adam Rapp, ser, também ele, guitarrista - e uma surpresa) algures no Inverno e na solidão do Natal; talvez aí o filme fosse mais do que um produto honesto, mas também ele perdido.
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