sexta-feira, setembro 22, 2006

But oh please, if it should not be you, don't ever tell me


A história de «Anastasia» (1956) passou há dias na RTP Memória (outro bom memento!) e é a história de Anna Anderson, que durante décadas a fio declarou ser filha de Nicolau e Alexandra, e que nem os tribunais conseguiram provar falar mentira ou verdade. A verdade é que Anna não só tinha a mesma deformidade na testa que a princesa verdadeira, como a marca da bala e as marcas das baionetas que os bolcheviques se encarregaram de infligir a toda a família Romanov, em 1918. O filme conta com Ingrid Bergman no papel principal, naquele que foi o seu regresso a terras do Tio Sam, depois do escândalo com Rosselini.

A verdade, porém, é que muito do filme é verdade, a começar pelo encontro entre a tia-avó e Anna. A verdade, contudo, é que Anna não falava russo, apenas inglês ou alemão ... e tinha como desculpa o facto de haver sofrido um pesado trauma ao ver a família ser morta. A verdade, contudo, é que o governo russo, depois de décadas de silêncio veio dizer que o teste de DNA aos restos dos corpos da trágica família tinham sido um sucesso, mas quanto aos ossos de Anastasia ninguém sabia diferenciá-los dos dos outros. Seria Anna uma mineira polaca, salva do suicídio por oportunistas?

Anna morreu em 1984, nos EUA, e a sua lápide diz apenas "Anastasia". Lembro-me da controvérsia nas revistas e nos jornais. Só ela saberia a verdade. O certo é que este filme de Litvak (também ele filho do Império Russo) e Yul Brynner (idem), por entre muito momento hollywoodesco, revela outros de cinefilia inolvidável, como o da reconciliação entre Helen Hayes (fabulosa, como sempre) e a Bergman, o da aula de dança desta com Brynner, e alguns toques de brilhantismo da Bergman.

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