Filmes em revista sumária # 73
Em «Charlie Wilson’s War» (desta vez não podemos chamar avis rara a quem traduziu o título para «Jogos de Poder»!), o veterano Mike Nichols mostra-nos mais uma vez o seu talento enquanto argumentista e director de actores; mais uma vez perto da intriga política e dos políticos que nos governam; mais uma vez longe do intimismo explosivo de «The Graduate» ou «Carnal Knowledge». Aliado a isto há sátira, excelentes diálogos, três actores-amuleto: Hanks, Seymour-Hoffman e Roberts, e a «verdade histórica». Tudo somado: garantia de sucesso.
Há duas cenas prodigiosas em todo o filme, sendo a primeira aquela em que Hanks e Seymour-Hoffman (e que tremendo actor de composição ele é!) se conhecem, num jogo de portas e entrada e saída do gabinete a lembrar Lubitsch; e a segunda, a da casa de banho em que Roberts e Hanks discorrem sobre armas e geo-política da forma mais erótica dos últimos anos. Uma dúvida se me levantou no final do filme: quantos mais acontecimentos mundiais se terão passado daquela maneira trapalhona e surreal?
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