Filmes em revista sumária # 99
O mais recente episódio das aventuras de «Indiana Jones» começa torto e tarde ou nunca se endireita, sendo, como é, rematado por Spielberg com um desconcertante, senil e desnecessário auto-plágio e.t. que mata todo e qualquer esoterismo que ainda pudesse servir de elo de ligação entre as várias sequências de acção e aventuras que, de forma desgarrada, compõem este filme.
Harrison Ford e Karen Allen estão dois magníficos … canastrões. John Hurt deve ter recolhido um saboroso ‘cachet’. Cate Blanchett limita-se a usar penteado ‘Buster Brown’ e a acentuar um sotaque russo fácil. O vilão soviete é para esquecer. Nesse aspecto, o melhorzinho da companhia é mesmo o filho de Indiana, versão menor do Brando de «O Selvagem». A melhor sequência é a da perseguição automóvel, antes da queda nas cataratas, sobretudo a do duelo de espadachim, a fazer lembrar «A Guerra das Estrelas». Fraca e ridícula é a toda a sequência que vai desde os ratos da pradaria digitais ao ensaio nuclear e respectivo foguete.
Este é um daqueles casos em que tudo parece ter sido em piloto-automático, apenas com uma preocupação: o lucro. Como filme, é pouco mais que um ‘trailer’. Aliás, o filme é um autêntico compêndio de colagens, mais ou menos evidentes, não bastasse já a trama da saga, ela própria, ser decalcada dos êxitos de Karl May & Cia. Distrai mas esperava-se mais de Spielberg, Lucas, Kaminski, etc., etc. É tudo evidente. É tudo previsível. Vindo de quem vem, é pena.
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