Filmes em revista sumária # 188
A vida e obra de Keats não deixam margem para dúvidas: filme que se faça sobre ambas terá tanto de romantismo e beleza quanto de melancolia e fatalismo. «Bright Star» não foge à regra e quem vai vê-lo sabe ao que vai, a que não será estranho o talento de Jane Campion para retratar maladies d’amour, de preferência em ambientes pastoris e décors pintados a bom gosto. A direcção de actores está perfeita, não se podendo dizer que se esteja perante um produto de academismo televisivo, mesmo que tenha alguns laivos de BBC (e daí?). Cada deixa de Keats é um poema per si e deslumbrante, mas o filme, esse, peca apenas pela personagem de Keats: basta ver os retratos pintados do poeta para se ver as diferenças. Resumindo, trata-se de um excelente meio para procurar Keats nos alfarrábios e de não esquecer a “Keats-Shelley-House” em próxima viagem a Roma.
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