quarta-feira, março 03, 2010

Filmes em revista sumária # 191


Scorsese é Scorsese e o resto é conversa. Mas quando assim é a bitola que se lhe exige é assumidamente muito elevada. Se o autor de «Shuttering Island» fosse outro qualquer que não o autor de «Raging Bull» pois não haveria polémica nenhuma, muito menos decepção. Mas como assim não é… tudo o que com a assinatura de outrem seria encarado como um exercício simpático e vistoso de visitação ao universo “Twilight Zone”, ou ao clássico de Fuller, «Shock Corridor», com algumas cenas muitíssimo bem conseguidas de frisson (ex. a sequência nas arribas) e outras tantas de prodígio visual (ex. o onírico sempre que entra em cena a mulher de Daniels, mas sobretudo na primeira e fabulosa sequência, a fazer lembrar «Nosferatu»), a verdade é que assinado por Scorsese assume foros de desilusão, fracasso e mediocridade, compactado sob o chavão: Marty está em acentuado declínio. Ora, tratando-se de um génio, isso é cair num erro crasso. Deixemo-lo, pois, à solta e aguardemos pelo próximo, com Di Caprio, pois então.

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