Filmes em revista sumária # 278
Em «Meek’s Cutoff», o que começa por ser um desvio de rota sem razão aparente senão a incompetência confessa do guia (misto de fanfarrão compulsivo e Daniel Boone), revela-se, à medida que os dias vão passando e o “novo Éden” não surge, como um atalho sufocante, uma provação interior para cada uma das personagens daqueles colonos por terras do Oregon. Por fim, é ao pele-vermelha indígena que cabe o papel de anjo da guarda àquelas gentes perdidas, devolvendo-lhes (a quem ousou acreditar) a árvore da vida e a esperança para o que haja por detrás daquelas montanhas.
Trata-se de um filme belíssimo, encenado e fotografado em diorama que lembra os filmes de antanho, a começar pelos óbvios westerns (e que outro género mais poderia ser este filme?) e conta com uma Michèle Williams omnipresente. Da realizadora, Kelly Reichardt, só se deseja é que venham mais e no mínimo tão bons quanto este…
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