Filmes em revista sumária #356
Curiosamente, o melhor de «Discover the Cabin in the Woods» (estreia do realizador Drew Goddard) está, não tanto na sua faceta decalcada dos primórdios de Sam Raimi e dos jovens que reféns de uma floresta vão sendo esquartejados por dá cá aquela palha (faceta mais do que banal, até…), mas muito mais pela sua dimensão «Twilight Zone»; que compõe a outra face da narrativa. Uma faceta orwelliana mas de contornos esotéricos, segundo a qual somos todos cobaias e fazemos apenas parte de um imenso puzzle, onde se joga o equilíbrio das forças; as das profundezas e as das alturas, e em que tudo o resto importa muito pouco. Nesse particular, a soltura de todos os demónios e mais alguns, abertas que foram as comportas daquela imensa matriz de medos e temores individuais (allô «The Cube»?), e à escala mundial, é de longe o melhor que o filme nos dá. Isso e aquele final, inglório e sem apelo nem agravo (será?). Dos actores, desses não vai rezar a História, mas é de ficar de olho no realizador…
1 Comentários:
Isso mesmo, apesar de não resultar muito bem (pelo menos comparativamente ao que se apregoa um pouco por todo o lado), não é de descartar por completo, nem que seja pelos últimos dez minutos que confluem terrivelmente (e bem) vários géneros.
Cumprimentos,
Jorge Teixeira
Caminho Largo
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