Filmes em revista sumária #376
Os manos Wachowski estão de volta (ainda que de forma diferente…) com «Cloud Atlas» e fazem-se acompanhar por Tom Tykwer em todas as cenas que não sejam de época, ou seja, naquelas que referem à actualidade (por sinal o menos interessante deste imenso filmes). A empreitada era ambiciosa à partida, roçando mesmo o foro metafísico, indagando e dissertando sobre o que andamos aqui a fazer, se já estivemos e se voltaremos a estar e a cruzar-nos com quem já esteve e tem a mesma marca de nascença que nós. Os resultados são, claro, previsíveis: o filme é manco e … continuaremos na ignorância. Mesmo assim, há neste “sexteto” dos autores de «Matrix» muito por nos deliciarmos: visualmente, por exemplo, é um filme magnífico; há actores com autênticos “papelões” (Hugh Grant à cabeça); a reconstituição de época (Séc. XIX) e a prospectiva de uma outra, que virá um dia aí (não sem os habituais clichés…). Digamos que o projecto era claramente “areia de mais para a camioneta” dos manos. Seja como for, é um filme bastante estimulante no pós-visionamento, pelo que sendo assim o espectador agradece. As melhores cenas decorrem a bordo do galeão; à volta da composição da partitura e no futuro longínquo à «Blade Runner». Mas a melhor das melhores é aquela em que o autor grunho de best seller (soberbo Hanks) manda o crítico emproado da varanda abaixo. Ooops, ainda bem que era crítico profissional...
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