Tom Cruise é «Jack Reacher», i.e., um misto de McQueen e Eastwood de palmo e meio, justiceiro solitário pronto a dar o peito às balas, que logo desaparece assim como veio, depois de pelo meio conquistar a filha do procurador (um clássico) e dar cabo da vidinha a uma série de bandidos perigosos. Aqui, o vilão é um surpreendentemente terrífico Herzog (capaz de se auto-mutilar para sobreviver), e até há um “aprendiz” de Poitier, o cool e britânico David Oyelowo. O filme vale muito mais do que promete à partida, graças a um não sei quê de adrenalina, quiçá obra e graça da “cientologia” de Christopher McQuarrie e Tom Cruise, quer se queira quer não. O melhor do filme é, por motivos óbvios, toda a sequência da perseguição em automóvel, incluindo o final tão imaginativo quanto humorístico. Ah, aplauso para o regresso do gigante Duvall! Venha daí o II.