O «regresso» de Stone aos E.U.A.
«World Trade Center» significa acima de tudo o regresso de Stone ao que o seu cinema tem de melhor: os Estados Unidos da América. E como ele sabe agarrar a oportunidade e cavalgar nela! O milagre porque passaram os polícias John McLoughlin e Will Jimeno aquando da derrocada das torres gémeas, foi rapidamente transformado por Stone num gigantesco filme nacionalista, apelando ao mesmo tempo à conciliação entre americanos e ao esforço de recuperação do trauma. Stone não só se agarrou a esta história de sobrevivência dos dois polícias-heróis com unhas e dentes, como soube deitar mão aos valores mais intrínsecos do cinema norte-americano, desde os seus primórdios: nação, religião, poder de retaliação, redenção.
E consegue tudo isso sem sequer usar e abusar da espectacularidade do embate dos aviões (aliás, uma das melhores cenas é aquela em que o agente Jimeno sente a presença de uma sombra pronta para o primeiro embate), nem dos dramas vividos dentro dos andares que receberam o impacto (como seria previsível) antes preferindo, e bem, dar-nos a dimensão humana ao nível do solo (talvez com um pouco mais de ralenti), ex-ante. E nisso há que realçar a capacidade de Stone (tal como fez em «Platoon» ou «Nascido a 4 de Julho», por exemplo) em filmar em close-up os rostos das personagens (e quão magníficos estão Cage e Maggie Gyllenhaal, por ex.).
No cômputo geral, contudo, o filme não é nem uma obra-prima, nem consegue transmitir a 100% o que de facto foi viver aquela situação (e isso seria praticamente impossível, como se imagina), mas anda lá perto. Não se chega a perceber duas coisas: em primeiro lugar, porque é razão colocaram lentes de contacto azúis a Maria Bello, e depois, porque é que os verdadeiros McLoughlin e Jimeno estiveram presentes em Veneza promovendo o filme, e aqui não constem do genérico. Um candidato aos óscares evidente.
E consegue tudo isso sem sequer usar e abusar da espectacularidade do embate dos aviões (aliás, uma das melhores cenas é aquela em que o agente Jimeno sente a presença de uma sombra pronta para o primeiro embate), nem dos dramas vividos dentro dos andares que receberam o impacto (como seria previsível) antes preferindo, e bem, dar-nos a dimensão humana ao nível do solo (talvez com um pouco mais de ralenti), ex-ante. E nisso há que realçar a capacidade de Stone (tal como fez em «Platoon» ou «Nascido a 4 de Julho», por exemplo) em filmar em close-up os rostos das personagens (e quão magníficos estão Cage e Maggie Gyllenhaal, por ex.).
No cômputo geral, contudo, o filme não é nem uma obra-prima, nem consegue transmitir a 100% o que de facto foi viver aquela situação (e isso seria praticamente impossível, como se imagina), mas anda lá perto. Não se chega a perceber duas coisas: em primeiro lugar, porque é razão colocaram lentes de contacto azúis a Maria Bello, e depois, porque é que os verdadeiros McLoughlin e Jimeno estiveram presentes em Veneza promovendo o filme, e aqui não constem do genérico. Um candidato aos óscares evidente.
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