Que tijolo mais chato!
«Brick» passa à história como um pedregulho compacto de drogas duras, cujo pêso é proporcional à carga sombria, desencantada, doente, mesmo, com que os seus protagonistas e, por relação causa-efeito, o seu realizador, o encarnam. Mau hábito, aliás, que está cada vez mais presente nos filmes independentes ... ou será que os indie tendem a escorregar nessa armadilha, quiçá, para obterem um outro estatuto, ou na esperança de só assim serem levados a sério?
Os adolescentes já não vão às aulas (what's the point?), os pais não existem (ou quando existem, demitem-se ... who cares?), dedicam-se às drogas e ao crime organizado (a personagem de Lukas Haas, ao jeito dos arqui-vilões da BD, deixa muito a desejar), as meninas já o foram (mesmo que no caso vertente sejam duas jovens actrizes, Nora Zehetner (Laura) e Emilie de Ravin (Emily) as verdadeiras estrelas do filme), etc., etc.
É que a história até está bem contada, em flashback e em confluência à volta da boca do túnel, com boas soluções técnicas, mas mesmo assim mais vale uma lambidela nos pastéis e guloseimas que saem disparados das metralhadoras de «Bugsy Malone» (na foto), do que todo o tijolo a snifar do mundo, de «Brick».
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