Filmes em revista sumária # 37
Do que se trata em «Venus» não é de uma fita erótica de TV a hora tardia, mas de um retrato triste e desencantado de um actor veterano que insiste em levar até ao fim o seu lema de vida: viver pelo prazer; da bebida, dos amigos e do amor, mesmo que platónico (I'm impotent, of course, but I can still take theoretical interest, diz a certa altura - na circunstância ma jovem dos subúrbios que ele insiste em moldar qual Pigmaleão deslocado).
O filme é honesto, despretensioso e simpático q.b. para que valha um visionamento atento, mas teria tudo para passar despercebido não fosse ter por lá Peter O'Toole, essa velha glória do cinema britânico e mundial, sempre tão presente quanto ausente vá-se lá saber porquê. Ele está excelente e a páginas tantas, a personagem principal confunde-se com o verdadeiro O'Toole e vice versa, por isso, que Forrest Whitaker se cuide pois não creio que a Academia vá deixar passar em claro esta oportunidade de se redimir pela afronta de o ter esquecido em Lawrence.
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