terça-feira, julho 03, 2007

Que bonitos são os contos de Hawthorne!

Aquele que descreve o que um jovem dorminhoco vai perdendo - amor, fortuna, morte - por continuar, à sombrinha, ferrado a dormir. Ou aquele outro que dá conta de um crime conjugal que é evitado por via do talento de um pintor que o houvera retratado, em «Quadros Proféticos».

Mas o melhor mesmo é este que acabo de ler:

Um rapaz de 15 anos passa férias de Verão no campo, e cruza-se com uma Visão, numa fonte (qual Goldberry, de Tolkien), que mal lhe desperta a paixão, logo desaparece como que por encantamento. Em dia de chuva torrencial, vira arco-íris; e, em noite gélida junto a lareira miserável (tão miserável que nem permitia que os presentes se vissem uns aos outros, senão por adivinhação), vira chama fulgurante. Era Raquel:

"Fair ladies, there is nothing more to tell. Must the simple mystery be revealed, then, that Rachel was the daughter of the village squire, and had left home for a boarding-school, the morning after I arrived, and returned the day before my departure? If I transformed her to an angel, it is what every youthful lover does for his mistress. Therein consists the essence of my story. But slight the change, sweet maids, to make angels of yourselves"

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial