Filmes em revista sumária # 52
«Jindabyne» até parte de um pressuposto interessante: até que ponto os locais submersos por força da construção de barragens podem virar maldição para quem mora agora nas suas redondezas, moldando espíritos e feitios. Mas passada a primeira meia-hora de filme, em que tudo o que está latente e parece pronto a explodir deixa de o estar e passa a estereótipo monocórdico (o elemento rácico, o passado escondido, o isolamento, a depressão omnipresente, etc.), este filme, baseado em conto de Carver, torna-se num autêntico soporífero, com Gabriel Byrne e Laura Linney a tentarem virar o bico ao prego ao rumo dos acontecimentos, o que nunca conseguem. Melhores momentos: o brinde dos amigos na véspera da partida para a pesca; e encontro de Byrne com o cadáver (a fazer lembrar «Deliverance») e as brincadeiras perigosas dos miúdos dentro de água. Para esquecer é o crime, seu motivo e sua resolução.
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