quinta-feira, outubro 11, 2007

Filmes em revista sumária # 61


A «Vida Interior de Martin Frost», novo filme de Paul Auster, a partir de escritos do mesmo, com canções do próprio, e narração dele, ainda, é compreensivelmente um projecto 100% austeriano. O mundo do autor de «Timbuktu» está lá todo: as memórias pessoais, as agruras por que passa um escritor, as musas e a falta delas, o habitat do escritor, a imaginação e a falta dela, o toque policial e fantástico. O universo austeriano, que se funde algures entre o cinema e a ficção escrita. O filme divide-se em dois, nitidamente: a primeira parte, em que só dá David Thewlis e Irène Jacob (e como vão longe os tempos de Kieslowski...). E a segunda, a partir da entrada em cena do mais novo dos «Sopranos» (protagonizando uma personagem totalmente lynchiana, diga-se), e da filha do próprio Auster. A primeira é boa, rodada como se fosse num casulo. A segunda é medíocre, repetitiva e com um fim desconcertante. Como desconcertante é saber-se que Auster filmou em Sintra ... mas que tudo o que se vê podia ter sido rodado em qualquer outro local ... foi apenas por ser mais barato?

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