Filmes em revista sumária # 114
«Savage Grace», de Tom Kalin, contando a história macabra de incesto, e demais desvios sexuais e maníaco-depressivos, na família Baekeland (supostamente do conhecimento público), é um daqueles filmes que não deixa ninguém indiferente, na circunstância provocando (aposto que na maior parte dos casos) um imenso sentimento de reprovação, quando não de repulsa, mesmo correndo o risco de ser politicamente incorrecto. É verdade que a moral da história é: fossem eles pobres e trabalhassem eles e nada daquilo teria acontecido. É verdade que este tipo de personagem, sinuosa e enigmática, cai que nem uma luva à inclassificável Julianne Moore. É verdade que as interpretações estão perfeitas. É verdade que aqueles tempos fascinam.
Mas também é verdade que uma boa reconstituição de época (com menor ou maior passagem de modelos, aliás) e uma boa encenação não fazem um bom filme. No fim, há um certo enfartamento e uma grande dose de revolta: que diabo, nem todos os ‘meninos da mamã’ dão naquilo, nem Espanha e os espanhóis são como o filme os ‘pinta’. Público-alvo e ‘embrulhos’ à parte, o comentário final é: estava-se mesmo a ver que só podia dar naquilo.
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