Filmes em revista sumária # 151
«Shotgun Stories» lembra aquelas histórias do velho oeste, de lutas entre famílias vizinhas, devidamente entrincheiradas, por causa de “nada” (território, cavalos, religião, sexo, etc.), e que, na maior parte dos casos, dão em nada. Contudo, essa é apenas uma primeira impressão.
O filme é um arrojo de simplicidade e relata uma história perfeitamente natural e possível, de ódios e recalcamentos intra-familiares, mantendo sempre, subtilmente, um certo clima de incómodo e de expectativa, que afinal, e ainda bem, se revela extemporâneo porque no fim o que vence é a … família (um verdadeiro achado são os nomes dos três manos: “Son”, “Kid” e “Boy” e a capacidade do realizador em resistir em não mostrar sangue por sangue) e quem perde é a vingança, que se revela fútil, quando não redundante.
Um filme perfeitamente dentro dos cânones do novo “mainstream”, i.e., o cinema independente norte-americano, ao ritmo da América rural, e com um actor, Michael Shannon, excepcional que a breve trecho será um dos grandes de Hollyoood.
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