terça-feira, janeiro 19, 2010

Filmes em revista sumária # 191


O espelho tornou-se elemento primeiro em filmes e séries terríficas e de fantasia que se vão fazendo um pouco por todo o lado. A culpa talvez tenha sido de Lewis Carroll, não sei, o que sei é que 2/3 deste «The Broken» fazem jus à superstição japonesa anti-espelho caseiro. Ou seja, durante 1h a história pega (muito por culpa da esquálida Lena Headey – foi uma actriz juvenil de certo impacto), e o nosso outro eu está quase a levar a melhor, eis quando o filme começa a ter tiques de “Body Snatchers” e a sua originalidade se vai esfumando, sequência após sequência, quebrando-se mais do que os estilhaços dos espelhos, de cujo lado de lá nos chegam os “outros eus”, taciturnos, uns, robóticos, outros, maus, todos, vá-se lá saber porquê. Belo, o poema de Pöe que dá mote ao filme. Semi-desilusão.

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