Filmes em revista sumária # 195
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Nota Prévia: Recuso-me a estragar os meus olhos pelo que vi este filme numa sala sem projecção a 3-D e por isso terei perdido algum campo de profundidade em algumas das cenas. Confissão feita.
Muito sinceramente, se este «Alice no País das Maravilhas» tivesse outra assinatura que não a do autor de «Beetlejuice», logo teria sido objecto da compreensível chacina crítica, por manifesta falta de chama, parecendo mais um dos produtos em série recentes da fábrica Disney do que propriamente a última pérola do valioso tesouro que Tim Burton já deixou à posteridade.
Vejam-se, por exemplo, os múltiplos casos de efeitos especiais sem primor, desenho e animação banais e personagens falhadas (ex., respectivamente, as batalhas e duelos; os soldados carta e peças de xadrez, o mostrengo lambuzão a quem o rato vaza o olho direito; o valete tenebroso, a rainha boa e o gato Cheshire), e o imenso bocejo que se reprime com dificuldade nas cenas passadas na festa de noivado, por exemplo. O “miscast” da actriz principal (ao que não é estranho o desinteresse absoluto da ideia da personagem envelhecida) é tanto mais evidente quanto a sua total ofuscação durante o filme.
Ficam na retina três personagens absolutamente extraordinárias, protagonizadas com todos os primores por Bonham Carter e Depp: a rainha má macrocéfala (cujo aspecto faz lembrar os aliens de «Mars Attack!»), o incorrigível e fruticolor chapeleiro louco, e, claro, o coelho apressado. As cenas mais conseguidas são as da caída de Alice na sala das portas e a escolha da porta certa e, pela graça e pelo visual, a primeira vez em que aparece a mesa de «iguarias» presidida pelo chapeleiro Depp.
Resumindo: Tim Burton parece estar a marcar passo, tal qual marcou aquando da já citada comédia da invasão dos marcianos. Previsivelmente, não será ainda com a «Bela Adormecida» (?) que assistiremos a uma nova fase de Burton. Aguardemos por dias melhores, pois. Quanto a Alice, hoje e sempre a do velho Walt.
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