terça-feira, maio 31, 2011

Filmes em revista sumária # 271


«A Árvore da Vida» (Axis Mundis?) é um prodígio visual, de narrativa e de beleza em estado puro, apenas falhando, a meu ver, no que toca às imagens da criação da matéria, em que a recorrência aos borrões coloridos perde, por K.O. técnico, com Kubrick e «2001». Também os episódios esporádicos com Sean Penn, na actualidade, seriam dispensáveis porque redundantes e inconsequentes.

No resto, é mais uma das habituais telas sensoriais, algures entre o divino e o poético, em que a imagem e o som da Natureza dispensam palavras e demais sons. A inevitabilidade. A família, ou melhor, os laços de sangue. A dor. O amor. Tudo temas caros a Mallick. Isso e a cor, ou melhor, os matizes das cores. O vento. A Mãe Natureza. Em última instância, Deus. Não fora talvez algum pretensiosismo militante por detrás da orelha e estaríamos perante uma obra-prima absoluta. Actores? Bom, Jessica Chastain acima de tudo e de todos, e a redescobrir nos tempos mais próximos.

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