Austen, com orgulho e sem preconceito
Eis que passados anos e anos sobre a publicação de «Pride and Prejudice», a obra máxima de Jane Austen continua a gerar adaptações filmadas atrás de adaptações filmadas, e a provar que as novelas da célebre escritora inglesa são realmente de uma qualidade narrativa única e duma riqueza de diálogos e personagens tal, que conseguem resistir não só ao tempo como aos insultos que, de tempos a tempos, cérebros pouco esclarecidos resolvem proferir contra ela (atingindo até o limite do ridículo, quando a confundem com o fabricante de automóveis!), classificando-a de light e para uso juvenil. Para efeitos de prova-dos-nove o melhor mesmo é lê-la nas edições gloriosas da velhinha Inquérito, quando não em língua inglesa.
Dito isto, há que referir que esta enésima adaptação apenas não é a melhor alguma vez trazida a écran - que continua a ser a de 1940 (com Olivier e Garson à cabeça de um elenco notável, e com argumento de Huxely) - por duas razões simples mas bastante importantes: em primeiro lugar, o realizador, o estreante Joe Wright, transforma a família Bennet em alegres pacóvios (Brenda Blythn é uma excelente actriz, mas aqui exagera), vivendo com as galinhas e os porcos, o que nada tem que ver o que Austen escreveu. Depois, reduz significativamente a idade das personagens principais, à quase excepção de Mr.Darcy (Miss Lizzy e Mr.Bingley são exemplo disso), a um patamar tal que faz com que parte da composição das personagens roce a quasi comédia adolescente, totalmente errónea em relação à obra de Austen.
Não fora isso e o filme seria magnífico, pois está muito bem realizado, com poucos momentos pirosos (geralmente alçapões para outros adaptadores...) e com bom uso da câmara, quer na captação do rosto e gestos de Keira Knightley (já a franjinha é coisa de processo crime!), a voz de Matthew MacFadyen, e o enorme talento que é Sutherland, que rouba toda e qualquer cena onde entra; quer na lindíssima fotogafia.
Dito isto, há que referir que esta enésima adaptação apenas não é a melhor alguma vez trazida a écran - que continua a ser a de 1940 (com Olivier e Garson à cabeça de um elenco notável, e com argumento de Huxely) - por duas razões simples mas bastante importantes: em primeiro lugar, o realizador, o estreante Joe Wright, transforma a família Bennet em alegres pacóvios (Brenda Blythn é uma excelente actriz, mas aqui exagera), vivendo com as galinhas e os porcos, o que nada tem que ver o que Austen escreveu. Depois, reduz significativamente a idade das personagens principais, à quase excepção de Mr.Darcy (Miss Lizzy e Mr.Bingley são exemplo disso), a um patamar tal que faz com que parte da composição das personagens roce a quasi comédia adolescente, totalmente errónea em relação à obra de Austen.
Não fora isso e o filme seria magnífico, pois está muito bem realizado, com poucos momentos pirosos (geralmente alçapões para outros adaptadores...) e com bom uso da câmara, quer na captação do rosto e gestos de Keira Knightley (já a franjinha é coisa de processo crime!), a voz de Matthew MacFadyen, e o enorme talento que é Sutherland, que rouba toda e qualquer cena onde entra; quer na lindíssima fotogafia.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial