Verne questionou (bem) o progresso
A propósito de um post do meu amigo FCA sobre a versão muda americana das maravilhosas "20.000 Léguas Submarinas" (desculparás, amigalhaço, mas a melhor, para mim, continua a ser a versão de Fleischer, esse eterno subvalorizado), lembrei-me que o grande escritor francês morreu há 100 anos certos. E lembrei-me de uma vez ter lido que o seu editor, um tal de Hetzel (déspota, mas não esclarecido), recusou editar "Paris no Séc.XX" quando Verne foi ter com ele pela primeira vez. Razão: o livro era uma idiotice anti-progresso, demasiado exagerada e sentimentalona. A Paris que Dupreney - a personagem central - vive, e onde morrerá amaldiçoando a sociedade, é uma Paris onde a literatura virou light e a ópera, bolsa. Uma Paris em que há 100.000 casas de um lado, e 10.000 chaminés de outras tantas fábricas, do outro. Quanta premonição ...
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