sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Terror q.b. nos antípodas

«Wolf Creek» peca, essenciamente, por ser um filme 90% «déjà vu». Visto, no facto de ser um filme onde o terror está perdido algures, no meio de nenhures, e personificado em alguém tão pérfido quanto patético, grotesco, mesmo; capaz das mais variadas barbaridades ao sabor da impunidade do desconhecido. Revisto, no facto de alinhar pelo diapasão insuperável de um «Deliverance» (1972), lição de moral para histórias de aventuras radicais.

Desta vez não temos desdentados nem banjo, nem rápidos nem arcos e flechas. Mas temos um deserto imenso, a noite inóspita, e um psicopata capaz de estripar uma rapariga inglesa, e usar uma espingarda com mira telescópica como o melhor dos «snipers». Para além de uma câmara ao ombro bastante nervosa, há também, bem entendido, aquela chancela ultimamente tão em voga: «este filme baseia-se em factos verídicos». Apesar de tudo, o filme tem alguns momentos bem conseguidos como seja aquele em que o velhote procura salvar uma das vítimas, em plena rodovia no meio do deserto.

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