quinta-feira, março 30, 2006

Avião? Barco? Bicicleta? Carro? Triciclo? Trotineta? Ou, simplesmente, comboio?

De vez em quando dá-me na cabeça pensar em filmes passados em meios de locomoção. Ou melhor, qual o transporte que permite tudo ou quase tudo em termos cinematográficos? Qual o mais fotogénico, a bem dizer? E a resposta sai, rápida: o comboio. Esse demónio em movimento, como o polaco Stefan Grabinski o descreve (ler edição da Cavalo-de-Ferro), de forma transcendental. Esse demónio que nos tem levado, a ti e a mim, a tanto lugar de peregrinação interior; o comboio serve para tudo e continua sempre a andar: aventuras, assaltos, romances tórridos, crimes e mistérios, catástrofes e descarrilamentos, almas do outro mundo e deste, miragens, despoletares vários.

E se eu tivesse que eleger um filme sobre comboios? Oscilo, depois de percorrer muitos ramais secundários oscilo entre 3 carris principais que seguem em linha recta, cruzando-se algures no infinito: «Runaway Train» (1985), «Strangers on a Train» (1951) e «La Bête Humaine» (1938). O primeiro porque dele não consigo esquecer os prisioneiros incentivando e gritando por Manny, uma prestação assombrosa de Jon Voight. O segundo porque é quase impossível recusar-se uma proposta àquele Bruno (Robert Walker). O terceiro porque sempre que o vejo me faz desejar ser maquinista de locomotivas a carvão, como Gabin, rumo ao além, sem medo.

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