Uma excelente história da violência de Cronenberg
«History of Violence» é uma magnífica revisitação do passado, ou seja, dos filmes policiais de culto das décadas de ouro de Hollywood, dos policiais negros de Jacques Tourneur e de outros, de que «The Killers», de Siodmark (aliás, a fabulosa revisitação de Siegel, com Marvin, Cassavettes e Angie também o foi) é o melhor exemplo; a história do renegado, fugido do passado, que é obrigado a revivê-lo, enfrentá-lo e resolvê-lo.
Só que este é também o filme mais «normal» de todos que o autor de «Crash» (o outro!) tem realizado, mas nem por isso menos Cronenbergiano: a violência e o sangue não saem a jorros, mas estão lá, à espera de um click. As obsessões do mestre canadiano não estão tão presentes, mas existem, ainda que de forma latente. O ser humano e as suas profundezas animalescas e fóbicas.
E ainda temos uma câmara sempre no local certo, no ângulo perfeito. Temos planos que se tornam sequências, naturalmente. Em que o grande-plano se torna objecto de culto. E acção dispara brutalmente. Desde a dicção underacted de William Hurt, à cicatriz cabotina de Harris. Um filme feito a régua e esquadro, com várias perspectivas angulares à exacta medida do transferidor que usarmos. Uma bela história de violência esta, seca e galopante, mas que dá lugar à redenção... o que nem sempre acontece na vida real.
Só que este é também o filme mais «normal» de todos que o autor de «Crash» (o outro!) tem realizado, mas nem por isso menos Cronenbergiano: a violência e o sangue não saem a jorros, mas estão lá, à espera de um click. As obsessões do mestre canadiano não estão tão presentes, mas existem, ainda que de forma latente. O ser humano e as suas profundezas animalescas e fóbicas.
E ainda temos uma câmara sempre no local certo, no ângulo perfeito. Temos planos que se tornam sequências, naturalmente. Em que o grande-plano se torna objecto de culto. E acção dispara brutalmente. Desde a dicção underacted de William Hurt, à cicatriz cabotina de Harris. Um filme feito a régua e esquadro, com várias perspectivas angulares à exacta medida do transferidor que usarmos. Uma bela história de violência esta, seca e galopante, mas que dá lugar à redenção... o que nem sempre acontece na vida real.
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