Chabrol em nítido desequilíbrio
Chabrol resolveu deixar o ruralismo francês, mais os seus crimes e dramas familiares escabrosos, para se dedicar aos corredores do poder, à corrupção e ao abismo que é a embriaguez do poder, que aliás é o título original de «A Comédia do Poder». Os piores receios confirmam-se ao fim dos primeiros 15 minutos: o território é escorregadio e mesmo um talento como o do veterano Chabrol pode estatelar-se ao comprido ... e foi isso que aconteceu, apesar de todo o brilhantismo da mise-en-scène, sobretudo a nível dos diálogos (é sempre um prazer segui-los em Chabrol), a direcção de actores (idem) e o humor cáustico e negro da relação juíza-marido. Um filme menor de um realizador maior.
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