Problemas existenciais?
Não sei se por força da morte de Spillane, ou não, a verdade é que dei ontem por mim a ver um filme em reprise, que me havia escapado aquando da sua estreia: «Os Psico-Detectives» («Huckabees», no original), de David O.Russell, um dos meninos-prodígio da novel fornada de realizadores do Tio Sam, e assente num argumento, ou melhor, numa ideia extraordinária:
Alguém, ambientalista obsessivo, com problemas existenciais resultantes de demasiadas coincidências, resolve contratar um par de psico-detectives (representados por um grande par de actores: Lily Tomlin e Dustin Hoffman), para descobrir e resolver o que se passa com ele... detectives que rapidamente o seguem para todo o lado, do w.c. ao emprego, incutindo-lhe a ideia de que nada é por acaso neste mundo, pois estamos todos interligados por um imenso lençol branco; o universo infinito. Mas à ordem contrapõe-se o caos e o desprendimento, representados por uma detective francesa (encarnada por Huppert), o que lança a confusão na personagem principal. Só que no fim tudo encaixa, claro, pois no meio está a virtude, encontrado que está o equilíbrio.
A ideia é boa e os diálogos e as personagens muito bem apanhados, os primeiros bem ritmados; os segundos sempre cómicos. Mas há qualquer coisa que faz com que esta ideia original não chegue assim tanto para dar um bom filme, pois a partir de certa altura as coisas repetem-se de tal maneira, que dá para pensar se não deu ao realizador uma daquelas "brancas" com direito a balão na cara e tudo ... era este o "tratamento" de Huppert com vista ao desprendimento de tudo! O filme fica sem chama e entra em puro circuito fechado. Lâmpada fundida?
Alguém, ambientalista obsessivo, com problemas existenciais resultantes de demasiadas coincidências, resolve contratar um par de psico-detectives (representados por um grande par de actores: Lily Tomlin e Dustin Hoffman), para descobrir e resolver o que se passa com ele... detectives que rapidamente o seguem para todo o lado, do w.c. ao emprego, incutindo-lhe a ideia de que nada é por acaso neste mundo, pois estamos todos interligados por um imenso lençol branco; o universo infinito. Mas à ordem contrapõe-se o caos e o desprendimento, representados por uma detective francesa (encarnada por Huppert), o que lança a confusão na personagem principal. Só que no fim tudo encaixa, claro, pois no meio está a virtude, encontrado que está o equilíbrio.
A ideia é boa e os diálogos e as personagens muito bem apanhados, os primeiros bem ritmados; os segundos sempre cómicos. Mas há qualquer coisa que faz com que esta ideia original não chegue assim tanto para dar um bom filme, pois a partir de certa altura as coisas repetem-se de tal maneira, que dá para pensar se não deu ao realizador uma daquelas "brancas" com direito a balão na cara e tudo ... era este o "tratamento" de Huppert com vista ao desprendimento de tudo! O filme fica sem chama e entra em puro circuito fechado. Lâmpada fundida?
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