segunda-feira, julho 31, 2006

Tudo quanto é demais, chateia

«Brisa de Mudança» (cujo título em inglês parece mais consentâneo com o teor do filme ... vento é mais violento, e abanão é mais forte do que mudança...) é mais um daqueles filmes-manifesto de Ken Loach, desta vez abusivamente premiado com a Palma de Ouro de Cannes (a tê-lo sido de forma justa, então que esperar dos outros filmes que com ele concorreram...), talvez por força do militantismo inconsequente de Loach, quase sempre a roçar a boçalidade televisiva. O tema é velho como Saragoça e aqueles discusos inflamados anti-ingleses, o IRA, etc., são como os filmes de cowboys e índios, chateiam quando não trazem nada de novo. Cillian Murphy é risível como líder de milícia, e os lugares-comum são tantos que nem vale a pena enunciá-los. Um filme medíocre a que nem a ruralidade verdejante da Irlanda parece ser imune.

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