Filmes em revista sumária # 76
Jesse James, Buffalo Bill, etc., fazem parte daquela galeria de heróis-vilões do Oeste americano e são presença obrigatória nos compêndios históricos dados às criancinhas norte-americanas por contraponto aos heróis do Velho Mundo, também eles, quantas vezes, heróis e vilões mais populares que os sábios, inventores, criadores, etc., etc. Por sinal, figuras privilegiadas no imaginário cinéfilo desde a criação daquela que convencionou chamar de 7º Arte. Por sinal, ainda, raras vezes essas figuras, ou os poucos dados históricos e verdadeiros que delas nos chegaram, chegam a ser transpostos para a tela na sua plenitude. Quase sempre a adaptação sabe a pouco, outras vezes roça a elegia bacoca. Não é esse o caso de «The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford».
Lentidão à parte e descontados alguns exageros pseudo-artísticos do Sr. Dominik, e mesmo algum sono inevitável quiçá devido ao monocromatismo do filme e do mimetismo falhado de Pitt; este filme nunca deixa de ser aquilo que é: um bom western, feito com sinceridade e honestidade, não tanto como homenagem biopic ao vilão-herói mas como acto de justiça ao cobarde-vilão, e um passo importante na carreira ascendente, sem pressas e merecida, do mano Affleck. O filme tem semelhanças com os produtos directed by Malick, mas nada de grave. O filme teria ganho muito mais se a presença de Sam Sheppard tivesse sido mais demorada. A fotografia é deslumbrante.
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