segunda-feira, janeiro 12, 2009

Filmes em revista sumária # 128



O melhor elogio que se pode dar a este filme de Eastwood é transcrever o comentário de uma espectadora da fila da frente, ao intervalo: «vou até lá fora desanuviar um pouco». Com efeito, «Changeling», não sendo um dos melhores filmes do último dos ícones americanos, é um portento de carga dramática, criando no espectador um desconforto tal, misto de ansiedade e repulsa (ainda por cima sendo um caso verídico), que só mesmo uma água das pedras pode servir de escape para amortizar o ‘soco’. Eastwood está como o vinho do Porto, e desde que adoptou aquela fotografia fria e sombria, quase monocromática, aqui e ali salpicada por uma beleza resplandecente (os lábios da Jolie são pictóricos), o seu cinema ganhou um tom tal de serenidade e liberdade que nos vergamos à evidência, derrubando a mais pequena reserva que se nos pudesse ousar apontar.

NB: Aquele advogado de Jolie é Clint, dos pés à cabeça, imponente, sério, justiceiro e solidário. Toda a alma americana.

1 Comentários:

Blogger Carlos Medina Ribeiro disse...

Em

http://sorumbatico.blogspot.com/2009/01/changeling-passatempo-com-prmio.html

está a decorrer um passatempo a propósito deste filme, cujo prémio é um exemplar de um livro de Lauro António - eventualmente autografado pelo autor.

12:04 da tarde  

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