Filmes em revista sumária # 166
O saudoso e duro Aldo Ray que dá nome ao Aldo Raine de Pitt; Yvette Mimieux que dá nome à dona do cinema onde passam filmes de Georges-Henri Clouzot, e que, aliás, fez dupla com Rod Taylor – que aqui faz de Churchill - num já célebre filme de acção “Expresso de Katanga”. Planos e sequências a transbordarem de cinefilia por todos os lados (dos acenos a “A Desaparecida”, a Bowie cantando como em “Cat People”, etc., etc.), tudo isso é motivo para regozijo em “Inglorious Bastards”, a última obra de Tarantino. Mas nesta paródia aos (ou será “de”) filmes de guerra, aqui e ali pontuado por clichés dispensáveis, o que dá para ver que o autor de “Pulp Fiction” é mesmo um fora-de-série são os assombrosos diálogos de quase todo o filme.
Perante um tema – a 2ª Guerra Mundial - tão estafado, quanto filão, só um grande realizador é que seria capaz de segurar uma plateia do princípio ao fim. Os diálogos curtos, plenos de humor e certeiros; e algumas sequências de assombro, como as do jogo de “adivinha que carte tenho na testa” na taberna (cujo desfecho lembra a do terrível desfecho de “Reservoir Dogs”, ou a do morticínio aquando da primeira operação de escalpes, fazem deste filme não a melhor mas mais uma obra incontornável de Tarantino. Isso e um espectacular actor, Christoph Waltz
1 Comentários:
Waltz meteu os outros actores "no bolsinho pequenino"....
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