segunda-feira, novembro 28, 2011

Filmes em revista sumária #304


«In Time» (e porquê traduzi-lo para «Sem Tempo» quando devia ser «A Tempo»?) é um daqueles casos em que uma boa ideia, para não dizer excelente, é completamente estropiada por quem a leva à prática. Pouca sorte ou incompetência de quem rodou e protagonizou este filme, já que até coisas “simples” como os efeitos especiais são de rir – ex. a cena em que o jaguar artilhado que Timberlake conduz é projectado estrada fora está tão mal feita que até mete dó.

Verdade seja dita que não é a primeira vez que Andrew Niccol se perde em novelos narrativos trapalhões que estragam por completo bons pontos de partida, no caso presente: os humanos que lutam desesperadamente contra o tempo, medido em relógio digital subcutâneo a partir de acondicionamento genético (mal explicado), e em que todos (mesmo todos, ricos e pobres, etc.) não olham a meios para terem mais horas de vida (única moeda de troca) para além do seu prazo de 25 anos.

Excelente sci-fi em perspectiva, portanto, mas que de modo nenhum é correspondida para lá das sequências iniciais, bem pelo contrário. Enfim, é caso para dizer que não vale a pena continuarem a dar “Ferraris”, leia-se boas ideias, a quem comprovadamente só consegue conduzir Fiat 600.

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