terça-feira, fevereiro 07, 2012

Filmes em revista sumária #322


Parece que ainda não terá sido desta que Hoover, o homem mais poderoso dos E.U.A. durante quase 50 anos, foi cabalmente transposto para o grande écran. Ainda não foi desta que o cinema esclareceu como foi possível a alguém chegar onde chegou e ter o poder que teve Hoover…Ou será que o homem que criou e comandou o F.B.I., e a sua personalidade, afinal, e pese embora os dossiers escaldantes que geriu (a luta anti-gangsterismo, o rapto do filho de Lindberg, os escândalos sexuais dos políticos dos E.U.A., etc.) pouco de interessante têm em termos cinematográficos, mais, pouco interesse, afinal de contas, despertarão no público?

É certo que Eastwood não prima por realizar biopics, nem que as carradas de material de caracterização que colocou nas caras dos três actores principais também não ajudam à coisa (neste particular, a personagem de Naomi Watts é a mais bem conseguida, logo a seguir virá a de Di Caprio… enquanto que a de Armie Hammer, céus, é uma desgraça completa … tal qual a sua prestação ao longo do filme deixa muito a desejar). A verdade é que «J. Edgar», embora seja uma tentativa conseguida para frisar à saciedade aquilo que já se conhecia, aliás, sobre a vida privada de Hoover, desde há décadas; pouco mais é do que um filme mediano, excessivamente longo (dado o tom repetitivo a partir de certo momento), aqui ou ali, com alguma cenas impecáveis do ponto de vista fotográfico e de encenação, mas que gira à volta fundamentalmente de um actor chamado Di Caprio. Culpa de Eastwood? Culpa de Hoover?

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