A ideia de se fazer em directo na TV um qualquer número escandaloso como forma de apelar a uma causa particular nem sequer é muito original e «Money Monster» não será o filme definitivo sobre a matéria, muito longe disso – até porque Lumet fê-lo de forma muito superior com «Network», em 1976 -, mas a verdade é que a sua realizadora, Jodie Foster, consegue agarrar-nos do princípio ao fim, sem falhas de maior, seja porque na verdade não se consegue antipatizar com Clooney, seja porque todos lá bem no fundo nos solidarizamos de imediato com Kyle Budwell, o rapaz desesperado e desajeitado que está zangadíssimo com o mundo. Ou seja, ainda, porque a história cola e a realização é eficiente.
O final do “directo”, esse, desde cedo se adivinhava qual seria. Tal qual que a culpa morre solteira ou, pelo menos, não cumpre a pena merecida. Constatação de facto: todos somos voyeuristas. A moral da história também era mais que certa: a vida continua. Que é como quem diz: the show must go on. Julia Roberts pode ter um papel secundário mas está soberba. «Money Monster» podia ser melhor? Podia.
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