O dilema de quem substitui vídeos por DVD
Aqui há tempos resolvi começar a dar cabo da minha videoteca, com mais de 20 anos, talvez, e mais de 450 títulos, feitos de mudos e sonoros; comprados, uns, outros gravados por mim, ou por amigos atenciosos, directamente da TV, ou fruto de alguma operação ilegal envolvendo cabos e adaptadores, e cassetes alugadas em clubes-vídeo de antanho. Razões: está aí o DVD, e os vídeos ocupam demasiado espaço e acumulam pó a mais. O problema foi escolher por onde começar.
Usei o critério seguinte: comecei pelos filmes gravados, claro, que os outros custaram mais (e na maior parte dos casos ofereceram-mos). E nesse grupo, que eram para aí metade do espólio, usei um critério adicional: a minha cotação mental (aquelas coisas que agora se usam, como estrelinhas, pontos, etc.), o meu patamar imaginário, abaixo do qual iria tudo para o lixo. Só que a operação não teve grande impacto, eram tudo obras-primas, filhos dilectos, de Lang, Murnau, Eisenstein, Ophuls, Ford, Welles, Kubrick, Coppola, Scorsese e demais ídolos.
Como tal, seguiu-se novo critério: procurei deitar fora tudo aquilo que já foi editado em DVD. Mas aí a coisa era grave pois perderia quase todo o espólio, à excepção daqueles que são autênticas raridades, essencialmente mudos, cuja exibição rareia não só nas televisões como nas póprias cinematecas; o que faria com que a minha videoteca desaparecesse. Bom, resolvi parar para pensar.
O melhor mesmo seria visionar todos, um por um, sistematicamente, os primeiros segundos de cada um deles, para ver quais os que estavam em más condições. Resultado: duas sacas para o lixo. Coisa pouca. O grosso continuava.
Pelo que fui ao IKEA comprar arquivadores, para melhor proteger os meus mais-que-tudo na arrecadação possível. Até que o DVD os substitua um a um. Vai demorar tempo, oh se vai. Mas não me posso separar daqueles filmes, não posso.
Usei o critério seguinte: comecei pelos filmes gravados, claro, que os outros custaram mais (e na maior parte dos casos ofereceram-mos). E nesse grupo, que eram para aí metade do espólio, usei um critério adicional: a minha cotação mental (aquelas coisas que agora se usam, como estrelinhas, pontos, etc.), o meu patamar imaginário, abaixo do qual iria tudo para o lixo. Só que a operação não teve grande impacto, eram tudo obras-primas, filhos dilectos, de Lang, Murnau, Eisenstein, Ophuls, Ford, Welles, Kubrick, Coppola, Scorsese e demais ídolos.
Como tal, seguiu-se novo critério: procurei deitar fora tudo aquilo que já foi editado em DVD. Mas aí a coisa era grave pois perderia quase todo o espólio, à excepção daqueles que são autênticas raridades, essencialmente mudos, cuja exibição rareia não só nas televisões como nas póprias cinematecas; o que faria com que a minha videoteca desaparecesse. Bom, resolvi parar para pensar.
O melhor mesmo seria visionar todos, um por um, sistematicamente, os primeiros segundos de cada um deles, para ver quais os que estavam em más condições. Resultado: duas sacas para o lixo. Coisa pouca. O grosso continuava.
Pelo que fui ao IKEA comprar arquivadores, para melhor proteger os meus mais-que-tudo na arrecadação possível. Até que o DVD os substitua um a um. Vai demorar tempo, oh se vai. Mas não me posso separar daqueles filmes, não posso.
2 Comentários:
E eu que sou novinho e que, para além de comprar bastantes DVD (para o meu bolso), continuo a gravar em formato VHS (vou em quase 200) - o que faço?
Sobre os VHS acho que deve ficar com eles, até que aquela película vire electricidade estática... pois, será a última vez que poderá dizer "tenho um filme em casa, do actor/actriz X ou do realizador Y, feito de película e não um CD que por acaso tem um filme lá dentro".
Além do mais, o VHS tem propriedades muito parecidas com aquelas películas de nitrato que preenchem o imaginário de qq cinéfilo, por isso é uma oportunidade para estarmos mais perto de algo que não volta... mas tb faz com que o VHS tenha uma imagem bem mais artesanal, mais pura, do que é o cinema.
E, bolas, eu tb sou novinho, Daniel!
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