Os maiores actores do mudo: Emil Jannings (1884-1950)
Este actor alemão, de origem suíça, foi não só o maior actor alemão do mudo e do sonoro, como era considerado o melhor actor europeu do seu tempo. Depois de uma passagem inevitável pelas mãos de Max Reinhardt, foi com o papel que Lubitsch lhe deu em 1919, ao lado de Pola Negri, em "Madame Dubarry", que ganharia fama e proveito para os anos vindouros, em que tivemos interpretações magníficas em filmes não menos magníficos como "Otelo" (1922), os murnaunianos "Der letzte Mann" (1925), "Tartüff" (1925) e "Faust" (1926 ), "Variety" (1925, de E. Dupont) e os hollywoodescos "The Way of All Flesh" (1927, de Fleming) e "The Last Command" (1928, de Von Strernberg), tendo ganho com estes o primeiro Óscar da história da Academia. O sonoro fê-lo voltar à Alemanha por causa do seu mau inglês, e ainda bem que assim foi: "Der blaue Engel" (1930), a sua interpretação mais memorável, como Prof. Immanuel Rath. O declínio começou a partir daí e foi já com os nazis que recuperou o estatuto de estrela do cinema alemão. Mas foi por ter sido nomeado "Artista do Estado" por Goebbels, em 1941, que viria no pós-guerra a sofrer as agruras da vida, e a morrer cinco anos mais tarde, com cancro. Disse uma vez: "I think the motion picture industry is a stupid business and I despise acting the scenes in short snatches, one at a time. I hate this film work. I am disgusted with myself. On the stage I could never play a part unless I felt it with all my heart and soul".
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