segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Munique: o filme que faltava

«Munique» é um bom filme de Spielberg, talvez mesmo o melhor dos últimos anos, de entre os poucos que rodou fora da esfera do género de aventuras e da ficção científica. Além disso é um filme que devia ter sido feito há muito, e esse é mais um ponto a favor de Spielberg, pois embora com 8 anos de idade, lembro-me do que a TV e a imprensa da altura noticiaram sobre o horrível crime cometido sobre a delegação israelita aos Jogos de Munique, pelos «Setembro Negro». Mas também me lembro de como as pessoas ficaram atónitas pela organização não suspender os Jogos. E de como foi mal feita a operação de resgate. E de como se «amnistiaram» alguns dos seus autores morais. E de quão grande era Golda Meir. Por tudo isso, há que agradecer a Spielberg a coragem a o empenho postos neste filme.

Filme que do ponto de vista cinematográfico é um magnífico filme de espionagem e acção, que precede a informação, como alguém já disse, e bem. Está excelentemente realizado, e convincentemente explicado. Tem alguns momentos inolvidáveis de verdade histórica (os directos e os relatos da tv da época, os meandros políticos em Israel, etc.), e de ficção cinematográfica (o clã francês intermediário, «o sal e a pimenta» de algumas das execuções feitas pela Mossad, etc.). Além disso, é um soberbo exemplo do que Spielberg é capaz a nível de direcção de actores. E também do que Williams é capaz, quando quer. Todas as nomeações aos Óscares são mais que justas; são obrigatórias.

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