sexta-feira, março 31, 2006

Parem de torpedear Griffith!

Igualmente salutar é a discussão inter-galaica com FCA em torno de quem deu maior contributo ao Cinema: se Griffith, que defendo, se o dinamarquês Benjamin Christensen. Eu sei das correntes anti-DWG que se têm manifestado aqui e acolá (por exemplo, no newsgroups sobre filmes mudos, há este comentário: "One has to take only one look at a film from a Danish or Swedish filmmaker from this time period to come to the conclusion that D.W. Griffith was NOT "the man" but was only one of several brilliant filmmakers on earth at the time making films that look like they were made much later then their production dates. Victor Sjostrom and Maurice Stiller made films in the teens that were very sophisticated, mature and compelling works that (what survives) have stood the test of time."), ao longo dos últimos 100 anos.

A questão de fundo é sempre a mesma: DWG era um autoritário, um explorador de talentos alheios, e tinha tendências evidentemente racistas. O homem provoca paixões acesas, e a coisa é difícil de gerir. A minha melhor resposta para ti, amigo Fer, é injectarmos doses diárias de estrabismo divergente, num e noutro, a fim de nos possibilitar visionar ao mesmo tempo, de um lado. 0 punhado de filmes do dinamarquês que ficaram até aos nossos dias, e do outro, outros tantos filmes de DWG. Eu sei que o risco de avariarmos a retina é grande, por força da disparidade total em termos de duração média dos filmes de um e doutro. Mas acho que é um risco necessário. Será que algum dos demónios de «Häxan» nos pode dar semelhante poção ... por 24h?

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