sexta-feira, julho 21, 2006

Mais uma vez, Jack Sparrow no seu melhor

«Pirates of the Caribbean: Dead Man`s Chest» é, acima de tudo, uma boa distracção, feita de cinema de aventuras, para todas as idades, e que se vê de uma penada, sem se ter a noção do tempo. E só não é extraordinária porque fica muito aquém do filme de que é sequela, ou seja da «Maldição do Pérola Negra». Não só fica aquém como se tornou mais espalhafatosa: à dimensão terrífica dos piratas fantasmagóricos e da própria fotografia, carga omnipresente no primeiro filme, Verbinski deu agora mais pêso à luz e ao humor, sendo que de fantasmas terríveis se passou a moluscos exuberantes (Bill Nighy está soberbo como Davey Jones).

No resto tudo na mesma, apesar da história ser mais fraca do que a do filme inicial; e, mais uma vez, com o foco das atenções a centrar-se, impreterivelmente, em Jack Sparrow, interpretado de forma genial por um inspiradíssimo Johnny Depp, que de uma assentada corporiza todo um século de piratarias e flibusteirices, de Fairbanks a Flynn, passando por Robert Newton (talvez o melhor pirata de todos...), De Cordoba ou Mathau: galã, espadachim, truculento, viril, patibular, efeminado e trapalhão. As melhores sequências do filme são a dos preparativos para o festim dos canibais, e o duelo interminável na roda da nora. A melhor cena é a do beijo entre Lizzie e Jack, que ofusca todas as cenas entre aquela e Will.

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