Filmes em revista sumária # 26
Filme polémico, este «Apocalypto» de Mel Gibson. Polémico porque fazer-nos crer de um momento para o outro que os índios maias eram uma raça de assassinos e violentíssimos debochados que, tal como os romanos perante os bárbaros, tiveram o que mereceram dos conquistadores espanhóis; é duro de ver, demasiado duro para ver e crer, em apenas 2h de película. Por muito boas e bem fundadas historicamente (o que nem sequer é verdade) que tenham sido as intenções de Mel a verdade é que custa a engolir esta faceta madmaximina do seu filme, e é melhor imaginarmos os maias como povo culto e desenvolvido, nem que seja via Wikipedia.
Por isso, o melhor mesmo é ver este filme como aquilo que ele é: um filme de aventuras, um «Último dos Moicanos» tingido a sangue e kitsch, cuja violência chega por vezes a ser desnecessária, é certo, mas tão verosímil como qualquer outra ficção feita filme. Os actores, na sua maior parte amadores, estão bem, mas, tal como no aramaico dos diálogos do penúltimo filme de Gibson, também aqui ignoro se a língua dos últimos dos maias foi dita na perfeição. O filme é por vezes pesado, não tanto pelo verde esmagador da paisagem nem pelo pêso das construções (não confundir com reconstituição) dos templos e da cidade maias, mas pela saturação que a infatigável e omnipresente câmara de Gibson vai fazendo no espectador.
Por isso, o melhor mesmo é ver este filme como aquilo que ele é: um filme de aventuras, um «Último dos Moicanos» tingido a sangue e kitsch, cuja violência chega por vezes a ser desnecessária, é certo, mas tão verosímil como qualquer outra ficção feita filme. Os actores, na sua maior parte amadores, estão bem, mas, tal como no aramaico dos diálogos do penúltimo filme de Gibson, também aqui ignoro se a língua dos últimos dos maias foi dita na perfeição. O filme é por vezes pesado, não tanto pelo verde esmagador da paisagem nem pelo pêso das construções (não confundir com reconstituição) dos templos e da cidade maias, mas pela saturação que a infatigável e omnipresente câmara de Gibson vai fazendo no espectador.
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