Obituário: João Bénard da Costa (1935-2009)

Comunicador como poucos (na área do Cinema apenas me lembro de outro que lhe é equiparável: António Lopes Ribeiro) e dotado de uma vasta cultura, que transmitia a quem o queria ouvir por uma voz cavernosa incomparável, era ainda uma pessoa de muito bom gosto e de uma generosidade extrema.
Recordo o seu empenho e o seu carinho em relação ao Capitólio, ao Tivoli, ao Odéon e ao antigo Central (hoje Cinemateca Júnior e um projecto muito dele, e que é de aplaudir de pé, diga-se), e que sem a presença dele entre nós poderão perder para sempre a possibilidade de voltar a exibir cinema.
De guardar como relíquias, são as folhas da Cinemateca assinadas por si, e, claro, as crónicas do Público, que contêm alguns dos melhores textos jamais escritos em língua portuguesa.
Muito triste.
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