Obituário: João Bénard da Costa (1935-2009)
Trata-se, efectivamente, de uma enorme perda para o Cinema, para a Cultura, para Lisboa e para o país. Para mim, Bérnard da Costa é indissociável não só da Cinemateca (apesar de recordar com nostalgia a marca de Luís de Pina), com tudo o que isso me traz de boas memórias e eterna gratidão - a melhor das quais a retrospectiva dos 100 Melhores Filmes, aquando de Lisboa'94, com sessões memoráveis no Tivoli -, como da sua dimensão humana e cultural, onde serviu muitas vezes de velho farol de referência para muitos, aos quais me gostaria de incluir, ainda que nunca o tivesse contactado presencialmente.
Comunicador como poucos (na área do Cinema apenas me lembro de outro que lhe é equiparável: António Lopes Ribeiro) e dotado de uma vasta cultura, que transmitia a quem o queria ouvir por uma voz cavernosa incomparável, era ainda uma pessoa de muito bom gosto e de uma generosidade extrema.
Recordo o seu empenho e o seu carinho em relação ao Capitólio, ao Tivoli, ao Odéon e ao antigo Central (hoje Cinemateca Júnior e um projecto muito dele, e que é de aplaudir de pé, diga-se), e que sem a presença dele entre nós poderão perder para sempre a possibilidade de voltar a exibir cinema.
De guardar como relíquias, são as folhas da Cinemateca assinadas por si, e, claro, as crónicas do Público, que contêm alguns dos melhores textos jamais escritos em língua portuguesa.
Muito triste.
...
Comunicador como poucos (na área do Cinema apenas me lembro de outro que lhe é equiparável: António Lopes Ribeiro) e dotado de uma vasta cultura, que transmitia a quem o queria ouvir por uma voz cavernosa incomparável, era ainda uma pessoa de muito bom gosto e de uma generosidade extrema.
Recordo o seu empenho e o seu carinho em relação ao Capitólio, ao Tivoli, ao Odéon e ao antigo Central (hoje Cinemateca Júnior e um projecto muito dele, e que é de aplaudir de pé, diga-se), e que sem a presença dele entre nós poderão perder para sempre a possibilidade de voltar a exibir cinema.
De guardar como relíquias, são as folhas da Cinemateca assinadas por si, e, claro, as crónicas do Público, que contêm alguns dos melhores textos jamais escritos em língua portuguesa.
Muito triste.
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