Filmes em revista sumária #350
Nunca fui escuta, porque não gostava (gosto) de dormir em tendas e porque tinha (tenho) medo dos terríveis seres das florestas. Mas depois de ver «Moonrise Kingdom» o último e magnífico e arejado filme de Wes Anderson, deu-me vontade de voltar atrás e dizer presente às requisições que todos os anos eram feitas nas escolas por onde andei invocando o nome de Baden-Powell (não o compositor brasileiro … mas o militar inglês). Graças ao bom gosto, ao sentido estético e ao humor inigualável de Anderson, pude regressar de facto aos idos de 60-70, às cores e aos modos a que agora chamam vintage, às aventuras à «Les Galapiats», aos rádios gira-discos portáteis (o meu era mais bonito, toma, toma, era verde e branco e tinha feitio de mala!), às descobertas do tempo das descobertas. Está-se perante um exercício de fino recorte visual, do mais puro cinema de animação, mas com personagens e décors reais. Uma aventura de adolescente, a que só mesmo aqueles que nunca as conheceram poderão desdenhar. É quase perfeito; em certa medida, uma outra face possível ao cinema de Burton…
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