segunda-feira, dezembro 05, 2005

Exorcismos por explicar

Nestas coisas de filmes sobre exorcismos e demais expurgas demoníacas nunca percebi duas coisas:

1. Por que razão os demónios só possuem elementos jovens, e do sexo feminino?
2. Por que teimam em rodar mais filmes sobre o género, depois de Friedkin ter estilhaçado o género com «The Exorcist»?

Mas vamos a este «Exorcismo de Emily Rose»: o filme nem está mal feito, e tem uma abordagem de que não se estava à espera, já que o terror nele é deixado para segundo plano, e se aposta na visão jurídica-teológica do assunto. Mas uma coisa é cada qual ser livre de acreditar no que lhe der na gana, outra, bem diferente, é enfiarem-nos pelos olhos adentro toda a teoria, pese embora a história de Emily seja semi-verídica (ver processo Anneliese Michel (1952-1974), em Würzburg) .

O que falha então? Talvez a mãozinha hollywoodesca, que trata tudo da mesma moeda: as coincidências com as possessões, a ciência médica com a para-normalidade, o despertador electrónico, que teima em parar às 3h da manhã, com as Sagradas Escrituras; de modo a que tudo seja acompanhado das pipocas do costume. O que seria deste filme se tivesse sido rodado na Europa?

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