Filmes em revista sumária # 28
Será o Christopher Nolan de «Prestige» o mesmo de «Memento»? A dúvida permanece ao longo do filme; porque, se é certo que a manipulação da montagem e a colocação da câmara têm o seu toque, já o argumento e a acção mais parecem os de qualquer filme dos estúdios Disney. O encanto da revisitação de uma época em que os teatros, a magia e o exotismo faziam parte do dia-a-dia das populações, de forma tão intensa quanto a das parvoeiras novelescas da actualidade; esse encanto dissipa-se pouco antes do meio do filme, dando lugar apenas a um show de representar de Michael Caine, aqui e ali bem acompanhado por Bale. No resto, há papéis que nem se entende o porquê dali estarem, e há um final demasiadamente evidente, ou seja, o filme falha mesmo é no «terceiro passo», no da revelação do enigma. O melhor do filme é mesmo a alusão à espionagem científica-industrial que estaria a ser manobrada por Edison contra Tesla (soberbamente caracterizado por Bowie), na disputa pelo(s) domínio(s) da electricidade.
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